Um estudo preliminar descobriu que o mel de manuka ajuda a reduzir significativamente o crescimento das células cancerígenas no tipo de cancro da mama mais comum sem afetar as células saudáveis.
Um estudo recente realizado por investigadores da UCLA e publicado na Nutrients revelou que o mel de manuka, um produto natural conhecido pelas suas propriedades antibacterianas e curativas, pode reduzir significativamente o crescimento das células cancerígenas da mama.
Os resultados, que revelaram uma redução de 84% na proliferação das células do cancro da mama sem prejudicar as células saudáveis, sugerem que o mel de Manuka poderia ser desenvolvido como uma alternativa natural e não tóxica ou como um suplemento aos tratamentos tradicionais contra o cancro.
O estudo centrou-se no cancro da mama recetor de estrogénio (ER) positivo, que representa 60% a 70% de todos os casos de cancro da mama.
Os cancros ER-positivos crescem utilizando a hormona estrogénio e, embora as terapias anti-estrogénio, como o tamoxifeno, sejam frequentemente eficazes, alguns doentes desenvolvem resistência, o que torna o tratamento mais difícil.
Em experiências laboratoriais, os investigadores observaram que o mel de manuka inibiu significativamente o crescimento de células de cancro da mama ER-positivas de uma forma dependente da dose.
Quando combinado com tamoxifeno, o mel aumentou a eficácia do medicamento, levando a uma supressão ainda maior da proliferação de células cancerígenas.
O estudo também descobriu que o mel de manuka induziu a apoptose, ou morte celular, nas células tumorais, reduzindo os níveis de estrogénio no sangue e perturbando os recetores de estrogénio.
Os resultados promissores estenderam-se para além do laboratório. Em modelos animais, os ratos implantados com células humanas de cancro da mama ER-positivas e tratados com mel de Manuka mostraram uma redução de 84% no crescimento do tumor em comparação com os controlos não tratados.
É importante ressaltar que o mel não prejudicou as células saudáveis, escreve a New Atlas.
Embora estes resultados sejam preliminares, constituem uma base sólida para novas investigações sobre a utilização de compostos naturais como o mel de Manuka na terapia do cancro.