Médicos tarefeiros podem receber mais de 2 mil euros em 24 horas

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Prestadores de serviço poderão receber mais de 90 euros por hora. Se receberem o máximo, ao longo de um dia recebem 2173 euros.

Os médicos prestadores de serviço, habitualmente designados como tarefeiros, podem receber no máximo 90,56 euros por hora.

O número foi divulgado pela Administração Central do Sistema de Saúde, num esclarecimento ao Jornal de Notícias.

Esse valor máximo pode ser praticado pelas administrações dos hospitais públicos quando está em causa o funcionamento da urgência do respectivo estabelecimento.

“Em situações absolutamente excecionais de manifesta necessidade devidamente fundamentadas, designadamente em caso de possibilidade de encerramento dos serviços de urgência externa, o órgão máximo de gestão do serviço ou estabelecimento de saúde do SNS pode autorizar o pagamento de um valor superior, até ao limite de €90,56″, refere a indicação da Administração Central do Sistema de Saúde.

Fazendo contas, se um médico tarefeiro realizar um turno de 24 horas com esse pagamento, receberá 2173 euros ao longo de um dia.

O recente decreto-lei sobre a remuneração do trabalho suplementar nas urgências pretendia tornar menos atractivo regime de prestadores de serviço. Mas os números mostram o contrário.

Os médicos “da casa” podem receber no máximo 70 euros mas, no serviço de ginecologia e obstetrícia do Hospital das Caldas da Rainha, os tarefeiros receberam 85 euros por hora para o serviço não fechar.

Nuno Teixeira da Silva, ZAP //

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3 Comments

  1. Ah! Ah! Ah! Ah! Ah! Ah! Ah! Ah! Ah!
    Acabou o filão das noticias das «Urgências fechadas», começa o filão do «Afinal, quanto é que os médicos vão ganhar?»

    Espera-se agora o comentário indignado do Zé Povinho. Escolham: Querem urgências fechadas ou preferem encher os bolsos aos Srs. Drs., coitados, que bem precisam trocar de carro??

    Ah! Ah! Ah! Ah! Ah! Ah! Ah! Ah! Ah!

  2. Isto já acontece à anos e gostava que o Bastonário da Ordem dos médicos e o Sr. presidente do sindicato dos médicos, que só sabem chorar por mais “condições” sem apresentar soluções, que comentassem e viessem a público justificar isto. Uma vergonha quando na maioria dos casos, quem pagou o curso aos médicos foi o ESTADO e quem pagou a especialidade foi…o ESTADO. Que justificação capitalista pode esta classe profissional, que trabalha no SNS e vai depois fazer umas horas, muitas delas a dormir…sim das 22h às 7h eles dormem num quarto e não querem ser incomodados…

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