A partir deste sábado, Marte vai desaparecer do céu da Terra durante duas semanas, devido a uma ocorrência celestial cativante conhecida como conjunção solar.
Durante este período, o Sol atua como uma cortina cósmica, escondendo temporariamente Marte e a Terra um do outro, de acordo com a NASA.
A conjunção solar é um evento recorrente que ocorre a cada dois anos na dança cósmica entre a Terra e Marte. Normalmente, os dois planetas mantêm uma distância média de 140 milhões de quilómetros um do outro. No entanto, durante a conjunção solar, esta separação é ampliada para cerca de 235 milhões de quilómetros, tornando Marte praticamente invisível para os observadores na Terra.
A conjunção solar coloca desafios práticos às agências espaciais, em particular à NASA, afetando a comunicação com as naves espaciais em Marte. A NASA explicou que a interferência causada pelas partículas carregadas do Sol durante este período torna impossível prever uma potencial perda de informação, o que pode pôr em risco a nave espacial.
Para atenuar estes riscos, os engenheiros adotam uma abordagem cautelosa, enviando duas semanas de instruções à nave espacial que se dirige a Marte antes do início do período de conjunção.
A conjunção solar de 2023, que afeta as capacidades de comunicação e comando, decorre de 11 a 25 de novembro. Durante este período, a NASA abstém-se de enviar comandos para as naves espaciais em Marte, assegurando que as instruções previamente enviadas orientam as operações destes exploradores robóticos.
“Ainda vamos poder ter notícias delas e verificar o seu estado de saúde nas próximas semanas”, disse Roy Gladden, diretor da Mars Relay Network, referindo-se às missões espaciais em Marte.