A Marinha dos Estados Unidos apreendeu um carregamento ilícito de armas no Mar da Arábia, anunciou a Quinta Frota da Marinha americana.
A apreensão do arsenal foi feita pelo navio USS Monterey na passada quinta-feira, dia 6 de maio, perto de Omã e do Paquistão, e foi divulgada no sábado, dia 8.
Segundo a Marinha americana, o carregamento ilícito estava localizado numa pequena embarcação que navegava em águas internacionais no Norte do Mar da Arábia.
A carga demorou dois dias a ser transferida para o USS Monterey. A tripulação da embarcação foi interrogada, recebeu água e comida e depois acabou por ser libertada, segundo a Marinha americana.
A quantidade de armas apreendida é tão grande que cobriu grande parte do USS Monterey, que tem cerca de 173 metros, refere a CNN.
“O carregamento de armas incluía dezenas de mísseis, antitanques russos avançados, milhares de armas de fogo de tipo 56, centenas de metralhadoras PKM, armas de precisão e lançadores de granadas”, pode ler-se no comunicado.
A Marinha americana acrescentou que o armamento irá ficar sob custódia dos EUA enquanto a sua proveniência e o destino estão a ser investigados.
No entanto, as autoridades sabem que carregamentos semelhantes intercetados pela Marinha tinham como destino os rebeldes Houthi no Iémen.
“O facto da Marinha dos EUA apreender outro carregamento de armas iranianas com destino ao Iémen não é uma surpresa”, escreve o senador Tom Cotton no Twitter, no domingo, referindo-se à apreensão de armas chinesas em 2013.
O jornal The Washington Post recorda que uma Resolução do Conselho de Segurança da ONU, de 2015, impôs um embargo de armas aos Houthis.
Os rebeldes xiitas apoiados pelo Irão estão inseridos numa batalha pelo controlo do Iémen com o governo internacionalmente reconhecido, que é apoiado por uma coalizão militar liderada pela Arábia Saudita.
Shahrokh Nazemi, chefe do escritório de media da Missão Permanente do Irão nas Nações Unidas em Nova York, referiu numa e-mail que o Irão “nega categoricamente estar de qualquer forma envolvido”.
Já Saeed Khatibzadeh, porta-voz do Ministério das Relações Externas iraniano em Teerão, também negou qualquer envolvimento com as armas durante uma entrevista realizada na passada segunda-feira.