Marcelo elogia medidas estrangeiras para mitigar efeitos da guerra. “Não estou a ver acontecer em Portugal”

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Rodrigo Antunes / Lusa

O Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa

O Presidente da República elogiou as medidas para mitigar os efeitos da guerra da Ucrânia já tomadas por Espanha, Itália e França. “São medidas muito globais, que não estou a ver acontecer em Portugal”, apontou na quinta-feira Marcelo Rebelo de Sousa, durante a inauguração da Feira do Livro de Lisboa.

O chefe de Estado não se quis pronunciar sobre os anúncios recentes do Governo em matéria de energia antes de “ver o diploma”. Segundo avançou o Público, Marcelo quer ver o pacote global que, por enquanto, “não está a ver acontecer em Portugal” e o Governo não está a ser tão célere como o Presidente queria.

“Estive a fazer as contas. É a minha 67.ª Feira do Livro… muito velhinho… muito velhinho… Era na Avenida da Liberdade”, indicou no discurso de abertura. Também neste momento apontou a “boa forma” do presidente da Câmara de Lisboa, Carlos Moedas. “Em que boa forma está o presidente da Câmara. Vê-se que está a gostar daquilo que está a fazer!”.

O mesmo elogio foi dado à nova secretária de Estado da Cultura, Isabel Cordeiro, ex-dirigente do CCB: “Também está a gostar daquilo que está a fazer. Está como peixe na água”, afirmou Marcelo, que teceu também palavras simpáticas a João Costa, ministro da Educação.

Defendendo mais apoios para a Cultura e para o setor livreiro, notou o facto de, durante o confinamento, o livro não ter sido considerado ao princípio “um bem essencial”. Isto “parece óbvio, mas às vezes alguns tecnocratas não conseguem compreender”, referiu.

“Eram necessárias mais medidas legislativas para proteção do livro. Felizmente que hoje é ministro das Finanças o antigo presidente da Câmara de Lisboa, que as defendeu em várias aberturas da Feira do Livro. Já sabemos com o que contar”, disse ainda o chefe de Estado.

Marcelo comprou três livros: “Representação do Poder do Estado em Portugal e no Império”; “Lisboa Moderna”, de Ana Tostões; e um livro de poemas de José Régio.

No seu discurso de inauguração da Feira do Livro, Moedas indicou que “a futura biblioteca municipal de Benfica terá um espaço dedicado a António Lobo Antunes, que doou ao município parte do seu espólio pessoal”.

Aproveitando o momento, informou que “daqui a um mês, acontecerá o maior projeto de drenagem de águas que evitará as cheias”. Reforçou, igualmente, que “Lisboa estará sempre do lado da liberdade contra a agressão e a tirania”.

ZAP //

5 Comments

  1. O livro é um bem essencial?
    Lá porque gosta não significa que o seja.
    Que falte pão na mesa que verão o que é realmente essencial.

  2. No que concerne aos efeitos para mitigar o custo elevado do gás e eletricidade, Espanha e Alemanha baixaram a taxa do IVA, aqui em Portugal o PM andou e continua a dizer que não pode baixar o IVA porque a UE não deixa. A questão que os medias deviam colocar era esta: Se a Espanha e Alemanha puderam, porque não pode Portugal? Em meu entender há aqui uma grande mentira do PM.

  3. A principal medida para mitigar os efeitos da guerra na Ucrânia seria levantar todas as sanções contra a Rússia. Não afetam a Rússia e só nos causam problemas. Mas como os patrões americanos mandaram, nós obedecemos…

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