É invulgar pela sua densa vegetação e biodiversidade, mas não só: é o único mar do mundo que não tem fronteiras terrestres — os seus limites ondulam como ondas.
No meio do oceano Atlântico, esconde-se um uma estranha formação aquática: um mar sem costa. Falamos do Mar dos Sargaços, assim conhecido devido à grande presença das algas castanhas com esse nome no lugar.
Devido à elevada presença desta vegetação — o sargaço —, este mar é casa para várais espécies aquáticas, desde tartarugas a camarões, caranguejos e peixes. É um lugar importante porque constitui um local de desova para enguias ameaçadas, bem como para o espadim branco, o tubarão sardo e o peixe golfinho. Este é o único lugar do mundo onde o sargasso é homopelágico, ou seja, reproduz-se em alto mar.
O Mar dos Sargaços já é referido desde 1492, conta a Britannica, tendo sido reportado pela primeira vez por Cristóvão Colombo. Mas como se delimitam as suas fronteiras?
A resposta está nas correntes oceânicas. O que delimita este espaço tão diverso são as populares Corrente do Atlântico Norte, a Corrente das Canárias (“fronteira” leste), e a Corrente Equatorial do Atlântico Norte a Sul. É o único mar do mundo que não é delimitado por fronteiras terrestres.
Ainda assim, como faz notar o Ocean Service, “as suas fronteiras são dinâmicas” porque, tratando-se de correntes, estão em constante movimento.
Este mar atinge a profundidade de 7.000 metros e caracteriza-se por correntes e ventos fracos, baixa precipitação, elevada evaporação e águas quentes e salgadas.
O Mar dos Sargaços localiza-se no Giro Subtropical do Atlântico Norte, um dos maiores do mundo. Os países mais próximos são as Bermudas e, no geral, as Caraíbas. Quem lá passa, pode esperar encontrar uma invulgar paisagem: um mar incrivelmente azul, pontilhado por grandes faixas de sargaço castanho.