Segundo a ministra da Agricultura, a localização e as condições da Península Ibérica justificam a subida de 33% dos preços dos alimentos agrícolas.
A ministra da Agricultura atribuiu hoje às condições atmosféricas da Península Ibérica o aumento de 33% dos preços dos alimentos agrícolas no primeiro trimestre, quase o dobro da União Europeia (UE), defendendo apoios à produção para o enfrentar.
“Podemos todos concluir o facto de Espanha e Portugal estarem nesta situação é que, claramente, a nossa situação mais periférica em relação aos outros Estados-membros, o facto de as nossas condições de humidade, temperatura, de chuva, no fundo, todas as condições climatéricas que afetam claramente esta nossa produção poderão ter consequências em relação a isso, assim como a […] nossa incapacidade para sermos autossuficientes“, declarou Maria do Céu Antunes.
Falando aos jornalistas portugueses à margem do Conselho de Pescas no Luxemburgo, e no dia em que foram divulgados dados sobre os preços dos produtos agrícolas, a ministra portuguesa assinalou que Portugal tem de importar para consumo e acaba também por “importar inflação porque a inflação não é um fenómeno exclusivamente português e isso faz com que os preços tenham aumentado desta maneira”.
Já quando questionada sobre os possíveis efeitos da medida do IVA zero, Maria do Céu Antunes elencou que no setor dos ovos e do leite e dos seus derivados há “reduções na ordem dos 5% a um”.
A subida homóloga dos preços dos produtos agrícolas de base abrandou, no primeiro trimestre, para os 17% na União Europeia (UE), com Portugal e Espanha a apresentarem o maior aumento (33%), divulga hoje o Eurostat.
De acordo com dados do serviço estatístico da UE, entre o primeiro trimestre de 2022 e os primeiros três meses de 2023, o preço médio dos produtos agrícolas no seu conjunto (produção) aumentou 17%, uma taxa inferior à registada no trimestre anterior (26% entre o quarto trimestre de 2021 e o mesmo período de 2022), para o mesmo cabaz de produtos de base.
As taxas de aumento mais acentuadas do preço médio da produção agrícola registaram-se em Portugal e em Espanha (33% em ambas), sublinhando o Eurostat que a seca na Península Ibérica levou a uma redução da produção, o que impulsionou ainda mais o aumento dos preços.
// Lusa
Não é preciso ministros para transmitir problemas e culpar terceiros.
O que se espera é soluções para aumentar e melhorar a produção nacional, de forma a ser mais resiliente.
É importante valorizar os produtores, especialmente os pequenos, que tenham técnicas amigas do ambiente e saúde.
Quando é que o governo promove os mercados locais? E coloca as grandes empresas de logística no sítio, impedindo-as de exercer pressões inconcebíveis aos produtores? Quem produz é que deve ganhar mais, em primeiro lugar!
Deixa-te de tretas. Se queres valorizar os produtores, especialmente os pequenos, com técnicas amigas do ambiente e saúde, compra-lhes! Obviamente que terás de estar disposto a pagar provavelmente o dobro do preço, por falta de escala. É que hoje em dia a agricultura está toda mecanizada. Pequenas explorações implicam custos unitários de produção superiores. Mas acho que fazes bem. Força! Agora vires queixar-te do governo ou do que quer que seja!?! Tem juízo! Avança!
Esta percebe é de oliveiras e tomates.