Mansa Musa, o homem mais rico da História, arruinou a economia do Egipto numa única visita ao país

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O rei do Mali esbanjou a sua fortuna em compras no Egipto e isso acabou por desvalorizar o metal precioso no país. A economia egípcia precisou de 12 anos para recuperar desta curta visita.

Quando se vê as várias listas da Forbes das pessoas mais ricas do mundo, é difícil imaginar que já tenha havido figuras históricas com fortunas maiores do que nomes como Elon Musk, Bill Gates ou Jeff Bezos.

Mas tal como Cristiano Ronaldo não é o atleta mais rico da Histórica, nenhum destes multimilionários da tecnologia é o homem com a maior fortuna de sempre — esse título pertence ao rei africano do século XIV Mansa Musa, também conhecido como Muça I do Mali, que teria um património de 400 mil milhões de dólares (ajustado para a inflação) devido ao minério de sal e ouro. Como termo de comparação, Musk, o homem mais rico do mundo, tem uma fortuna de 219 mil milhões.

Mansa Musa foi o líder do reino do Mali entre 1312 e 1337 e ainda hoje é famoso por causa da história da enorme peregrinação muçulmana que liderou até Meca em 1324, que se estima que terá incluído dezenas de milhares de soldados, civis e escravos que fizeram uma viagem de mais de 6430 quilómetros.

Um dos principais eventos nesta grande viagem teve lugar no Egipto. Quando Mansa Musa passou pelo país, teve um arrufo político com o governante do Cairo, al-Malik al-Nasir. Alegadamente, Musa recusou encontrar-se com o líder egípcio porque teria de beijar o chão e a mão do sultão, escreve o Ancient Origins.

Este pequeno conflito foi rapidamente resolvido, mas houve outros acontecimentos na visita que acabaram por destruir a economia egípcia durante 10 anos. Como? Bem, enquanto esteve no Egipto, Musa I esbanjou a sua fortuna na compra de comida e lembranças para trazer de volta para o Mali. Até se diz que todos os convidados do rei recebiam presentes caros e que o governante dava pó de ouro aos mais pobres.

Inicialmente, todas estas compras entusiasmaram os egípcios, mas apesar das suas boas intenções, o gosto de Mansa Musa comprar lembranças em troca de ouro acabou por diminuir o valor do metal precioso no Egipto. Estima-se que a economia egípcia precisou de pelo menos 12 anos para recuperar desta curta visita. É caso para dizer que nem tudo o que reluz é ouro.

Adriana Peixoto, ZAP //

31 Comments

  1. Excelente artigo para aqueles que acham que a História de África começou com a colonização e que desconhecem os Impérios poderos e ricos da Afrácia Antiga.

      • Não. Os africanos nunca cobstruiram África! Apenas “escapou” o norte de África por razões amplamente debatidas! Tudo o resto, viva sob guerras crueis, escravatura e migrações! Os Bantu, uma das maiores etnias de Angola, chegaram a aqueles lados apenas 200 anos antes dos Portugueses, fugidos do centro de África, pois o povo verdadeiramente nativo da zona são os bosquimanos! Hoje, num continente riquíssimo voltaram aos hábitos a antigos, guerras nepotismo, corrupção e miséria. Com imensas populações a sobreviver das doações Ocidentais. Escapam nem uma mão cheia, os países que sairam desse ciclo de morte e miséria. Há países mais recentes noutras zonas do globo que progrediram muito mais e em menos tempo.

      • sim, porque os Africanos sao todos uns puros humanistas, cheios de nobres actos, todos pacificos e pobres vitimas. Mais nenhum outro contimente teve de lutar contra malvados, em vez disso, os europeus nasceram todos malvados e os africanos todos bonzinhos.

  2. Não é verdade. O homem mais rico da Historia foi Jacob Fugger! Não dependeu do ouro para criar e manter a sua fortuna. Como Fugger era alemão, este não se tornou conhecido no mundo anglófono – velha e típica ignorância anglo-saxonica que chgoi a chamar à colorida e vibrante Idade Média como a “Idade das Trevas”, que nos faz lembrar o período entre o fim do Micėnico e o início da cultura grega clássica -, a somar a tudo isto, é branco e europeu, o que hoje em dia cai mal. Relacionou-se com os Hasburgos e criou imensas companhias, inclusive a primeira multinacional, financiou estados e construções de Igrejas e outris monumentos bem como criou bairros a preços baixos para pessoas de menores posses. Como era banqueiro, não teve uma vida tão “vistosa” como Mansa Musa, que vivia exclusivamente da exploração de ouro.

    • José acho que tens que pesquisar mais, mas tenta pesquisar por ano, em que ano estamos a falar, a Europa sempre foi um continente de bárbaros eles só sabiam fazer guerras antes de eles embarcarem para a conquista de outras partes,o facto dos brancos lutarem tanto para manter África no estado em que está já demostra que em algum momento eles sabem o que é que foi África, nunca ouve um europeu rico que não pertencente à monarquia

    • Quanto a Jacob Fugger, é verdade. Apenas discordo quando diz ser anglo-saxónica a designação de Idade das Trevas para a Idade Média. Se não estou em erro, esse epíteto foi criado pelos renascentistas do século XV.

  3. José ,claramente racista, se tivesse sido o homem mais rico do mundo branco, seria vangloriado,como é típico, quanto a riqueza, provavelmente terá havido reis africanos mais ricos ainda, e,isso é que causa admiração! Nao esqueçamos os maias e outros povos do continente americano, cuja a riqueza é relatada na estoria,pelos que os roubaram e nalguns casos quase causaram o desaparecimento de povos inteiros

    • Que disparate! O racismo estúpido e ignorante vinga hoje em dia, mas praticado por gente como você! Além disso, mistura “alhos com bugalhos”! Fugger é claramente reconhecido entre os académicos como claramente ter sido o homem mais rico de sempre! Consulte qualquer historiador em História Moderna e Musa nem sequer é mencionado por não ter tido além da fama relevância alguma! Fugger teve completa relevância, deixou obra e influenciou toda a Europa do seu tempo. Não lhe faria mal algum estudar um pouco. Aliás esta “teoria” sobre Mansa é dada nas univrrsidades brasileiras, imagine a qualidade do ensino e as ideologias que manobram nessas o instituições de ensino.

  4. Na realidade este artigo está mal! Mansa musa foi muito mais rico do que “apenas” 400 mil milhões! Na realidade os historiadores têm dificuldade em avaliar a sua riqueza mas estimam que seja 3 biliões!

    • A ciência não se faz com “suposições”, mas com provas! Mais de 400 milhões sabenis de certeza que seria a fortuna de Fugger! Há provas, muitas delas esoalhadas pela Europa. Qual a do Mansa? Lendas sobre como espalhava ouro.

  5. Elogio a tentativa deste site de fazer alguma instrução pública, com informação histórica e cientifica interessante,num mar de pseudo notícias que não ajudam em nada para reverter a ignorância do povo.

  6. Jorge, a ignorancia é a principal ferramenta usada para manter o dominio.Sugiro a leitura do livro “Stolen Legacy” cujo autor por ser negro( George James) foi escondido até o advento da internet onde nada mais pode ser escondido.
    A maior anedota já contada é afirmar que o tripé da cultura ocidental é o “Direito romano” que não é romano,a “filosofia grega” que não grega e a “moral cristã” que não é cristã. Tudo começou nas antigas escolas de mistério egípcio.

  7. Nem sei o que lhe responda a tanto disparate! Curiosanente, uma das minhas pós-graduações é em Egiptologia, e como tal o que afirma soa ao mais completo disparate! Os egípcios, criaram uma civilização admirável, mas não foi peka filosofia nem pelo Direito! Mais, até à presença dos gregos no Egipto, não se tinham apercebido dos factos cientificis relativamente a algo qye para eles era a sua razão de ser, as enchentes do Rio Nilo! A única coisa que sabiam era prever por meio de nilómetros era o início das cheias para atribuir a sua e existência ao sagrado. No início da estação de Akhet, o Faraó encenava um ritual para que lhe fosse atribuído o milagre das enchentes com a rica lama vulcânica que permitia a abundância egípcia. Foram os gregos, durante a 30a Dinastia, a Ptelomaica, que empreenderam um estudo mais cuidado e além da religião, apesar de a adotarem, sobre o dia-a-dia dos egipcios

    • José todo os teus estudos todos os teus ensinos vem de publicações eurocentrismo, mas isso não é um problema, o que podias fazer era visitar os 2 maiores museus que se encontram em 2 capitais europeias (Londres, Paris )os europeus se pudessem apagar toda arqueológico que existe eles apagariam porque o grande interesse de uma raça querer dominar sobre todas as raças está mais evidente, quem sabe realmente de história sabe que a Europa nunca foi nada eles eram apenas bárbaros que matavam-se uns aos outros por muitos anos, e isso deu-lhes grandes experiências para poderem fazer povos desaparecer da face da terra. José acredita não tem nada haver com racismo nem nada,mas o maior mal que o planeta terra tem foi a Europa se erguer.

      • Portanto, se o mal está todo na Europa, origem de todas as desgraças da humanidade, está na altura de voltares para África. Onde podes usufruir de um continente desenvolvido .

  8. Há uma questão que não estou a perceber. Então este senhor do Mali tinha na sua comitiva inúmeros escravos em mil trezentos e tal? Mas segundo os atuais historiadores, políticos e outros não foram os portugueses que criaram a escravatura dos negros no séc. XV

    • Os portugueses criaram uma escravatura diferente da que havia, os escravos tinham um tempo para ficar com o seu amo e depois eram livres, mas se ele gostasse do seu amo ele permanecia, os portugueses não deram chances eras escravo até morrer sem opção, essa é a diferença.

      • OMD! A escravatura nasceu com o aparecimento das civilizações urbanas, isto é, pelo menos há 5000 anos. Não havia regras ou leis duradouras e universais para a escravatura. Os portugueses entraram num negócio estabelecido em África há milhares de anos, transformando-o em comércio transcontinental, no que foi seguido por outros países da Europa. Isto agravou, sim, os seus efeitos. Hoje em dia, parece haver a errada suposição de a escravatura foi uma invenção dos portugueses e demais europeus. Mas como nas redes sociais o que conta são as opiniões e não os factos, estamos sujeitos a ter que levar com estas pastelices!

      • Corrijo: o comércio transcontinental de escravos não foi criado pelos portugueses, visto que muito antes, já romanos e árabes o faziam. Os portugueses criaram, isso sim, o comércio de escravos transatlântico.

      • Acho delicioso os racistas anti-“eurocentrismo” defenderem a “boa escravatura” contra a “ma’-escravatura”. Muito apropriado.

  9. Um Rei colossalmente explorador das riquezas de todo um povo… numa nação que, à época, em nada se distinguiu na História mundial, fosse em termos tecnológicos, culturais, científicos…

    Mais uma maravilhosa invenção do afrocentrismo e pan-africanismo tão em voga hoje em dia…

  10. As publicacoes sao eurocentricas porque durante as ultimas centenas de anos, quem mais produziu conhecimento cientifico foi o norte africa arabe, europa, e depois o norte da america e a asia. Lutei contra o colonialismo,e provavelmente ao contrario destes “paladinos” afros de hoje, paguei um preco caro por ser anti-colonialista, mas nao tenho pachorra para a parvoice obscurantista do revisionismo politicamente correcto.

    Durante muitos anos, e aainda hoje, o continente africano esta’ atrasado porque muita da sua populacao ainda acredita em bruxos, aceita lideres NEGROS corruptos, e nao deu origem a movimentos pro-ciencia com a forca que esses movimentos tiveram na europa.

    Mais uma vez aqui se ve : o Jose apresenta factos e argumentos cientificos, em resposta o Mario repete cassettes sem fundamento, e nao consegue rebater um unico dos factos apresentados pelo Jose. Eis o padrao dos racistas que se auto-proclamam “anti-racistas”.

    Os imbecis racistas pro-revisionismo historico “esquecem” que o conhecimento cientifico nasceu sempre e apenas de lutas corajosas contra o obscurantismo , em especial na europa.
    Lideres Africanos como Frantz Fanon, Amilcar Cabral, ao contrario destes racistas anti-euopeus, eram lideres a serio, anti-racistas a serio, e nao tem nada a ver com o lixo politicamente correcto desta gente.

    Se querem promover Africa e a ciencia, e cientistas negros, que acho muito bem, tratem de o fazer, mas nao inventem tretas sobre o “eurocentrismo” rebaixando a luta corajosa dos Galileos contra a igreja, dos einstein contra os nazis, dos rosa-cruz conra a inquisicao.. Rebaixar “a europa” nao faz “elevar “a Africa. Muito menos, mentir , nao constroi a verdade.

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