“Não podem mamar da nossa gamela”. Escutas revelam plano de Macaco contra apoiantes de Villas-Boas

Macaco Líder / Facebook

Fernando Madureira lidera a claque portista Super Dragões.

As mensagens nos telemóveis dos membros dos Super Dragões revelam como o grupo se organizou para silenciar os apoiantes de André Villas-Boas.

Os telemóveis de quatro dos 12 detidos no âmbito da Operação Pretoriano, que investiga as agressões ocorridas na assembleia geral do FC Porto em novembro, contêm conversas comprometedoras sobre o clima de intimidação vivido na reunião marcada para se votar os estatutos do clube.

As mensagens expõem a busca pelos “traidores”, aqueles que apoiavam André Villas-Boas contra Pinto da Costa, sendo este um ponto crucial para Fernando Madureira —o líder da claque dos Super Dragões conhecido como Macaco — e a sua esposa, Sandra Madureira.

Nas conversas, Sandra Madureira expressa de forma veemente a necessidade de proteger o seu “território”, e promete que “se somos mamões, não podem mamar da nossa gamela”, cita o Correio da Manhã.

O Ministério Público alega que Fernando Madureira, conhecido como ‘Macaco’ e líder dos Super Dragões, estava envolvido num lucrativo negócio de venda de bilhetes do clube no mercado negro, gerando milhares de euros, o que agora os coloca sob investigação por suspeitas de branqueamento de capitais.

Além disso, uma troca intensa de mensagens no dia anterior às agressões mostra os membros dos Super Dragões para silenciar os apoiantes de Villas-Boas e impedir a cobertura dos jornalistas. “Jornalistas sócios também há e passam cá para fora áudios e vídeos. Muito telefone vai gravar às escondidas”, alertava um dos envolvidos.

Madureira reforça a ideia de que a assembleia é um território exclusivo do grupo. “Aquilo é a nossa casa, vinham agora meia dúzia de bananas da Foz humilhar o nosso presidente. Quem se esticar leva nos cornos”, escreveu o líder da claque.

Fernando Madureira está atualmente em prisão preventiva. Hugo ‘Polaco’, outro membro do grupo, também foi detido, enquanto Catão aguarda a transferência para prisão domiciliária.

ZAP //

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