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Mais de 13 mil escutas telefónicas realizadas em Portugal em 2014

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Anthony Ward / YouTube

Os espiões de Banksy à escuta na cabine telefónica junto à sede dos serviços secretos ingleses, GCHQ

Os órgãos de polícia criminal efetuaram, no ano passado, 12.902 detenções no âmbito da investigação criminal, 11.658 buscas e 13.353 escutas telefónicas, indica o Relatório Anual de Segurança Interna (RASI), hoje entregue no parlamento.

Em 2014 foram constituídos 38.104 arguidos, menos 29,1% do que em 2013 (53.763 arguidos). Das 11.658 buscas realizadas em 2014 (menos 15,7% face a 2013), 7.606 foram buscas domiciliárias e 4.052 não domiciliárias.

As interceções telefónicas (13.353), em 2014, tiveram um aumento de 2,1% face a 2013.

Em 2014, Portugal recebeu 70 pessoas através de mecanismos internacionais de detenção e entrega de pessoas, sendo que, destas, dez foram extraditadas e as restantes 60 foram entregues através da execução de Mandados de Detenção Europeus (MDE) emitidos pelas autoridades judiciárias portuguesas.

Em contrapartida, Portugal entregou, naquele ano, 79 pessoas, tendo dez sido entregues através de extradição e as restantes 69, por via do MDE, pelos tribunais competentes (Tribunais da Relação).

Quanto à transferência de condenados, Portugal recebeu 19 cidadãos portugueses, através do mecanismo de entrega, da Alemanha, Andorra, Brasil, Costa Rica, Espanha, França, Reino Unido e Suécia.

Ao invés, Portugal entregou 54 cidadãos estrangeiros, condenados pelos tribunais portugueses, para cumprimento de pena no Estado da sua nacionalidade ou residência, ao Brasil, a Espanha, França, Holanda, Roménia e Reino Unido.

Quanto a apreensões registadas em 2014, a PJ comunicou a apreensão de 12 barcos, 25 imóveis e 47 contas bancárias.

Das apreensões efetuadas pelas forças policiais e de segurança constam ainda 3.917 armas, 12 quilos de explosivos, 80.506 munições e 6.832 telemóveis/equipamento informático.

Foram ainda apreendidos 16.803.704 euros e 110.286 dólares norte-americanos.

Em 2014 foram pedidos 2.974 exames e perícias, tendo sido realizados 2.804, registando-se um aumento de 80,8 % de pedidos e de 14,7% de perícias concluídas.

Segundo dados da Procuradoria-Geral da República (PGR), em 2014 foram iniciados 463.809 inquéritos, tendo sido concluídos 434.647, tendo havido 52.634 acusados e 352.067 casos arquivados.

A criminalidade violenta e grave desceu 5,4 por cento, em 2014, segundo o RASI hoje entregue na Assembleia da República.

De acordo com o documento, que apresenta os principais resultados da criminalidade e atividade das forças e serviços de segurança, no ano passado registaram-se 19.061 casos de criminalidade violenta e grave, menos 1.086 do que em 2013.

/Lusa

1 Comment

  1. Escutas, indícios criminais, prisões preventivas de cidadãos vulgares… A morrer na imprensa como mero relatório entregue…
    As daqueles a quem delegaram o poder de governar óbviamente que devem dever ser públicas a seu tempo. É que o povo tb percebe “entre linhas”.

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