Só na Ucrânia, ao longo da semana passada o número de ataques informáticos subiu 20%. Piratas estarão a centrar-se noutros países.
Os ataques não se limitam ao terreno, desde que começou a invasão à Ucrânia: os ciberataques também atingiram um número máximo. A última semana registou, não só o maior aumento desde o dia 24 de Fevereiro, mas também a maior subida semanal em 2022.
De acordo com os dados disponibilizados nesta terça-feira pela Check Point Research, e olhando para todos os países, cada organização registou em média 1.266 ciberataques. Um aumento de 14% em relação à semana anterior à guerra e de 15%, comparando com as duas primeiras semanas do conflito.
Só na Ucrânia houve um aumento de 20% na média semanal de ciberataques, comparando com o período que antecedeu o conflito. Cada organização registou em média 1.466 ataques, nos últimos sete dias.
Em relação às duas primeiras semanas da guerra, o aumento foi de 13%, apesar da redução significativa do número de redes activas na Ucrânia (menos 27%).
Na Rússia a média de ciberataques por organização foi ligeiramente menor, situada nos 1.274 ataques. Contabilidade praticamente igual às últimas semanas.
O maior aumento semanal, contabilizando continentes, sucedeu na América: subida semanal de 17%. A média semanal de ciberataques por organização desceu apenas em África (2%).
Há outro ponto a destacar nesta análise. Ao longo das primeiras 72 horas da guerra, os ciberataques contra a administração pública e o sector militar na Ucrânia aumentaram 196%; mas caíram 50% nos últimos dias. A empresa suspeita que os piratas têm estado focados em governos de outros países envolvidos de certa forma no conflito.