Mãe de aluno que morreu por agressões na praxe julgada por difamação

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Bobo Boom / Flickr

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Mãe de estudante que morreu, em 2oo1, depois de uma praxe vai agora ser julgada por quatro crimes de difamação, depois de ter chamado “assassino” a um dos arguidos no caso.

15 anos depois de ver o filho morrer na sequência de agressões durante uma praxe, Maria de Fátima Macedo vai começar a ser julgada, no Tribunal da Maia, por quatro crimes de difamação, escreve o jornal Público.

A mulher, de 65 anos, foi acusada de difamar um dos jovens que foram arguidos na investigação do homicídio do seu filho por lhe ter chamado “assassino” durante uma entrevista a um programa de televisão em 2014.

A queixa partiu do próprio estudante da Tuna Académica da Universidade Lusíada de Famalicão, Olavo Almeida, agora com 39 anos de idade, que está a ser acompanhado por uma procuradora do Ministério Público.

Segundo o diário, Maria de Fátima Macedo arrisca uma pena de até dois anos de prisão ou o pagamento de uma indemnização de 120 mil euros ao queixoso.

De acordo com a sua defesa, a mãe de Diogo nomeou os suspeitos da morte do seu filho “imbuída da sua revolta mais que justificada” e realça que a lei “não pune o uso de expressões difamatórias quando estas são proferidas prosseguindo interesses legítimos” e quando quem as profere “prove a verdade das mesmas ou creia de boa-fé na sua veracidade”.

Além disso, as suas advogadas defendem ainda que essas declarações foram proferidas no âmbito do direito à liberdade de expressão, uma vez que “a arguida não pode estar obrigada a não responder à comunicação social”.

Diogo, que na altura frequentava o quarto ano de arquitetura, morreu aos 22 anos depois de ter dito que ia “resolver a sua vida na tuna”, conta o Público.

Agressões durante a praxe provocaram a sua morte, conclusão que, em 2013, foi confirmada pelo Supremo Tribunal de Justiça. Apesar disso, os culpados deste crime nunca foram julgados e, por falta de provas, o processo acabou por ser arquivado.

ZAP

6 Comments

  1. Se averiguassem bem estes crimes, porque doutra coisa não se trata, a pobre mãe não estaria com tantos processos de difamação. Enfim, é a (in)justiça que temos!

    • Olha “ELE”, não sei se estás a ser irónico ou meio aparvalhado! Achas bem?!?!?!? Havia de ser um filho teu ou uma filha tua! Não tens vergonha?!?!?!?! Como acima diz a Julieta e a Ana Gonçalves, tratam-se de máfias, de crimes! Como é possível terem ficado impunes??? Não há provas??? E agora, a mãe pode dizer que estava possuída ao tere dito o que disse, ou algo do género e voltamos aos “autos de fé” dos tempos medievais! Ou então que alegue insanidade, pois uma pessoa que SABE quem lhe MATOU o filho e vê-os safarem-se?????? Só pode mesmo ficar insana… eu ficava! Pelo amor de Deus!!!!!!

  2. Olha Ele :
    és humano ou bicho
    Mãe perde o filho
    e cai boca dos tribunais

    Estamos em portugal
    Uns fazem asneiras Chama-se doutores eng, Pol, etc .
    Os sofredores fica nas portas dos tribunais. É que temos

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