“Sou eu que controlo as pessoas, sempre foi assim”. Macaco revela de onde vem o seu dinheiro

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Macaco Líder/Facebook

Fernando Madureira. ex-líder da claque do FC Porto ‘Super Dragões’

Na AG , diz que não foi violento, pelo contrário: só deu “dois berros” e foi “bombeiro de serviço”. Dinheiro vem de descontos e “ofertas de amigo”. Porto dava descontos “indiretamente”, disse Macaco durante o interrogatório.

Fernando Madureira, ex-líder da claque “Super Dragões”, justificou a sua vida de luxo durante o interrogatório no âmbito da Operação Pretoriano. E terá garantido ao magistrado: “sou eu que controlo as pessoas”.

Segundo o Correio da Manhã, o “Macaco Líder” alegou que a sua posição à frente da claque lhe traz muitos benefícios, desde descontos em restaurantes, roupas e até na construção da sua casa, avaliada em dois milhões de euros. Não se esqueceu de mencionar uma piscina de 40 mil euros e uma cozinha: ambas ofertas de amigos.

“Basta ir à minha página de Instagram, tenho 250 mil seguidores. Em restaurantes da cidade do Porto pago sempre 40, 50% a menos. Lojas de roupa também, não é a Dolce & Gabbana que me pede, não sou o Ronaldo. E na minha casa que está a ser construída, a piscina de 40 mil euros será oferecida por um amigo que tem um filho doente e eu sempre tratei bem o menino. A cozinha também me vai ser oferecida”, terá dito em fevereiro, citado pelo matutino, o ex-líder da claque do FC Porto.

Durante um pedido para sair em prisão domiciliária, noticiou o ZAP no mês passado, Madureira disse que fazia 10 mil euros por mês com a venda de artigos dos Super Dragões e que recebia 2.550 euros mensais de rendas de dois imóveis: rendimentos eram, para o ex-líder da claque do FC Porto, suficientes para garantir uma vida confortável.

“Sou eu que controlo as pessoas. Sempre foi assim”

No interrogatório, afirmou que apesar de controlar a venda de bilhetes do FC Porto, não lucrava diretamente com essa atividade.

A margem de lucro “é zero”, terá dito: “é que se não for eu a ter controlo e a ter os bilhetes, imagine, tenho de ser eu porque sou eu que controlo as pessoas. Isto sempre foi assim”, justificou.

Os únicos benefícios seriam indiretos, segundo Macaco.

O Porto dava descontos “indiretamente. Vendemos mais merchandising, dá-nos mais poder, mais força”, disse.

Recorde-se que, nos mandados de busca entregues aos arguidos nas buscas, o Ministério Público explicita que o FC Porto não só sabia do esquema fraudulento, como o apoiava e incentivava: servia como “moeda de troca” pelo apoio dado pela claque à direção de Pinto da Costa.

Os Super Dragões tinham um call center com MB Way a partir do qual procediam à venda “altamente rentável” e ilegal dos ingressos.

“Fui o bombeiro de serviço” na AG

No que diz respeito ao incidente na assembleia-geral de novembro, onde jornalistas foram expulsos e sócios do Porto ameaçados, Madureira admitiu ter gritado, mas diz que a segurança é que foi responsável por retirar a comunicação social do local.

“Eu peço desculpa à procuradora, a toda a gente aqui na sala e à comunicação social, que é a minha obrigação. Eu disse: vocês não podem estar aqui. Mas quem tirou a comunicação social de lá para fora foi a segurança, eu só dei dois berros“, alegou.

Eu fui o bombeiro de serviço daquela assembleia, andei ali a apagar fogos, a tentar ajudar e coordenar as coisas”, disse ainda, contrariando tudo o que tem sido avançado sobre o seu comportamento no dia da Assembleia-Geral que desencadeou a investigação duradoura.

ZAP //

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9 Comments

  1. Não controla, manipula e coage. Quando não lhe fazem a vontade, agride ou manda agredir. Burlão, aldrabão, hipócrita e nojento. Que as suas mentiras em tribunal sejam severamente punidas! Um parasita da pior espécie.

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  2. Este ladrão roubou milhões ao FC Porto e com o aval do larápio Pintinho da Costa. Agora, este guarda-costas do Pintinho anda a vender as casas. Vilas Boas deve exigir a devolução de algum, enquanto é tempo.

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