Lusíadas Saúde prepara hospitais do Porto e de Braga para receber doentes do SNS

O grupo privado Lusíadas Saúde está a preparar duas unidades localizadas na região norte – Porto e Braga – para auxiliar o Serviço Nacional de Saúde, visto que a explosão de novos casos de covid-19 nesta zona do país está a deixar o Estado sem capacidade de resposta. O grupo assegura ainda disponibilidade para receber doentes covid.

“Atendendo ao atual contexto de saúde pública e no decorrer das reuniões que tem vindo a manter com o Ministério da Saúde ao longo da última semana, a Lusíadas Saúde está a reajustar o perfil assistencial das suas unidades a norte do país – Hospital Lusíadas Porto e Hospital Lusíadas Braga –, para contribuir de forma ainda mais ativa no combate à pandemia covid-19 e à imperativa necessidade de atuar nas consultas, diagnóstico e tratamento das demais patologias não covid-19”, disse em comunicado, a empresa.

Além disso, o grupo de saúde privado tem mantido, desde ontem, “contactos diretos com a Administração Regional de Saúde do Norte”, dando início a um processo de adesão a um acordo que contempla não só a duplicação da capacidade instalada no âmbito do programa de combate às listas de espera em cirurgia (SIGIC), como também o internamento de doentes com patologia médica em fase aguda.

Por outro lado, “está a ser ultimada a negociação de capacidade com um Hospital de referência, no Porto, para poder acelerar ainda mais a execução das cirurgias urgentes em lista de espera, num total de 25 camas médicas e cirúrgicas”.

Além do reforço dos serviços junto dos pacientes do SNS não covid, a Lusíadas Saúde também está disponível para receber infetados com o novo coronavírus.

Para isso, o grupo está a estudar “a possibilidade de ajustar o seu perfil assistencial para poder contribuir para o internamento de doentes com covid-19 e aguarda a atualização do respetivo protocolo por parte do Ministério da Saúde, que “deverá assentar na experiência associada à duração média de internamento em enfermaria e em cuidados intensivos e nos respetivos custos efetivos suportados pelos hospitais do SNS“. 

De acordo com o Expresso, o acordo de adesão que está disponível no site da Administração Central do Sistema de Saúde determina o pagamento de 1962 euros por cada episódio de internamento sem ventilação (ou com ventilação até 96 horas) e de 12 861 euros nos casos mais graves e que permanecem além de quatro dias no hospital com recurso a ventilação.

O grupo refere ainda que “reitera a sua disponibilidade para colaborar com o Ministério da Saúde no combate à pandemia, bem como na redução das necessidades urgentes não covid da população portuguesa” e sinaliza que “mais do que nunca”, deve existir um único sistema de saúde a servir os portugueses.

Sobre a articulação com os hospitais públicos, a Lusíadas Saúde aponta que desde o fim confinamento atua “ativamente no apoio aos cidadãos portugueses contribuindo com a sua atividade diária, nos seus 13 hospitais e clínicas, para a diminuição das manifestas necessidades no âmbito da atividade assistencial e cirúrgica dos seus clientes tradicionais e da realização de mais de 1500 cirurgias ao abrigo do programa Sistema Integrado de Gestão de Inscritos para Cirurgia (SIGIC) do SNS”.

ZAP //

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