A Io, uma das quatro grandes luas de Júpiter, tem sido há muito descrita como um dos possíveis lares de vida extraterrestre, uma vez que a sua temperatura extrema e superfície coberta de lava a tornam habitável.
Agora, cientistas acreditam que a lua vulcânica pode abrigar vida no subsolo, nos tubos de lava que ajudam a entregar a rocha derretida à superfície do planeta, relatou o BGR.
Juno, uma das naves espaciais da NASA que atualmente estuda Júpiter e as suas luas, tem recolhido e enviado dados há meses. Em dezembro, imagens captadas pela nave forneceram uma boa visão da superfície do planeta.
A maior parte da informação recolhida sobre Io é antiga, datando de quando a nave Galileu visitou o sistema de Júpiter, há mais de 20 anos. Io tem aproximadamente a tamanho da Lua e que apresenta um lago de lava e um fluxo desse mesmo material, assim como montanhas.
Uma das diferenças em relação ao nosso satélite natural é que em IO pode existir vida extraterrestre, uma perspetiva que atrai os cientistas.
De acordo com o BGR, o crescimento microbiano pode estar a viver nos tubos de lava que cobrem Io, permitindo que a lava do núcleo do planeta se infiltre na superfície, algo semelhante ao que acontece no planeta Terra.
Um artigo do Big Think relatou que simulações recentes mostram que o aquecimento de Io mantém o magma líquido abaixo da superfície do planeta. Contudo, algumas erupções são tão violências que enviam o magma centenas de quilómetros para o espaço. Os cientistas desconfiam que a vida extraterrestre encontra-se nos tubos que expelem esse magma.
A escassez de água na lua é problemática, mas o enxofre de que Io é feita pode vir a ser útil. Isso funcionaria como uma alternativa à água, permitindo a existência de ecossistemas microbianos.
Io não seria o lar de vida extraterrestre inteligente, mas continua a ser vida extraterrestre, o que torna esta possibilidade excitante para muitos dos que a procuram no universo.