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Londres. Polícia utiliza câmaras com sistema de reconhecimento facial para procurar criminosos

A tecnologia é cada vez mais utilizada pelas autoridades para a aplicação da lei. Na cidade de Londres, no Reino Unido, foram recentemente instaladas câmaras de reconhecimento facial que permitem às forças de segurança reconhecer criminosos procurados no meio de multidões.

Segundo revelou o Extreme Tech, o Metropolitan Police Service de Londres instalou as câmaras em vários pontos da cidade. Nesses locais foram também instalados avisos, que indicam às pessoas que o reconhecimento facial está a ser realizado. Contudo, as máquinas vão recolher dados de forma indiscriminada.

De acordo com as autoridades, isso as ajudará a encontrar suspeitos de crimes graves e violentos, estando o sistema de reconhecimento facial ativo apenas nas áreas identificadas.

Caso as câmaras detetem uma possível correspondência, caberá aos agentes analisar a imagem e chegar a uma conclusão. No Twitter, a Metropolitan Police Service indicou que todas as imagens que não acionem uma correspondência serão imediatamente excluídas, não esclarecendo, contudo, o que acontece com imagens de falsas correspondências.

De acordo com o Extreme Tech, este sistema conta com câmaras 2D, menos precisas que os sistemas de digitalização 3D. Um relatório da Universidade de Essex, na Inglaterra, mostra que a tecnologia de reconhecimento facial utilizada pelo Metropolitan Police Service retornou correspondências imprecisas em cerca de 81% das vezes.

Durante um teste no País de Gales, o sistema desenvolvido identificou 2.300 pessoas inocentes como criminosas. Caberia à polícia de Londres examinar cada um desses indivíduos para decidir se seriam interrogados. No entanto, o Metropolitan Police Service indicou que a margem de erro do sistema é de apenas um em mil.

A instalação desta tecnologia de reconhecimento facial ocorre num momento em que a União Europeia (UE) pondera sobre uma proibição da sua utilização em espaços públicos por um período de cinco anos, enquanto estuda formas de regulamentação. Com a saída do Reino Unido da UE, o país pode continuar a utilizar essa tecnologia sem impedimentos.

ZAP //

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