CDS arriscava continuar sem deputados no Parlamento. O que foi aprovado na segunda-feira já foi alterado entretanto.
As listas oficiais da Aliança Democrática, para cada círculo eleitoral das eleições legislativas de Março, foram aprovadas na segunda-feira passada.
Numa espécie de revolução à vista, a maioria dos actuais deputados do PSD vai sair e alguns históricos também vão abandonar a Assembleia da República.
As ordens dos deputados em cada círculo eleitoral fazem prever que o CDS-PP tem o regresso garantido à Assembleia da República: Nuno Melo (Porto) e Paulo Núncio (Lisboa). Essas contas foram feitas.
Mas, aparentemente, faltou fazer outras contas: e se os elementos “garantidos” do CDS integrarem o próximo Governo?
Esse foi um dos motivos que originaram a alteração das listas, entretanto elaborada pelo secretário-geral do PSD, Hugo Soares, ao longo do resto da semana.
O Diário de Notícias explica que, pelo menos no Porto, estavam dois candidatos em lugar elegível – foi acrescentado um terceiro e um quarto, para o caso de os outros dois assumirem funções no próximo Governo. Em Lisboa passam a estar cinco lugares para o CDS.
Outra alteração foi a saída de Tiago Moreira de Sá (PSD), que recusou o 25.º lugar no círculo eleitoral de Lisboa.
Outro motivo foi a Lei da Paridade: em alguns distritos não estava garantido o mínimo de 40% de mulheres candidatas. No círculo de Braga (entre outros exemplos), entre 19 candidatos só seis eram mulheres; e entre os suplentes só estava uma candidata.
Gonçalo da Câmara Pereira, líder do PPM, continua no 19.º lugar em Lisboa.