Leão no Jamor após dérbi empolgante

José Sena Goulão / Lusa

Que grande dérbi aconteceu no Estádio da Luz. Benfica e Sporting protagonizaram um jogo digno do cartaz, nesta segunda mão das meias-finais da Taça de Portugal, em especial na segunda parte, altura em que foram marcados todos os golos e mais poderiam ter acontecido.

O empate 2-2 apura os “leões” para a final, que acontecerá a 26 de Maio, no Jamor, após o 2-1 na primeira mão, mas é caso para dizer que o apuramento assentava a qualquer uma das equipas, tendo em conta o grande espectáculo desta terça-feira.

O Sporting começou melhor o dérbi, mostrando alguma facilidade para chegar à área benfiquista, mas aos poucos as “águias” foram pegando no jogo e roubando a bola aos “leões”, com uma pressão intensa e algumas grandes oportunidades.

A primeira, aos 16 minutos, por Tengstedt, com o atacante a picar a bola sobre Franco Israel e a acertar na barra.

E aos 20, Aursnes colocou a bola de bandeja em Di María e este, sozinho e com um remate com 44% de possibilidade de golo (xG), permitiu a Israel uma enorme defesa.

O primeiro tempo terminou com o Benfica mais atacante, mas com o Sporting a conseguir estancar um pouco mais a avalancha “encarnada”.

Os de Alvalade não impediram, ainda assim, que Ángel Di María fosse o melhor ao intervalo, com um GoalPoint Rating de 6.6, com uma ocasião flagrante criada em quatro passes para finalização e excelentes cinco dribles completos em nove tentados. De negativo uma flagrante falhada.

Foi então que veio a segunda parte, um dos melhores espectáculos que assistimos em dérbis em muito tempo. O Sporting colocou-se na frente aos 47 minutos, num grande golo de Hjulmand.

O Benfica não se deixou abater e empatou logo a seguir, com Otamendi (52′) a acorrer a um centro teleguiado de Neres para cabecear para o 1-1.

Os “encarnados” partiram para cima dos “verdes-e-brancos”, mas foram estes a marcar de novo, por Paulinho (55′), a emendar uma defesa incompleta de Trubin, e aos 64 foi Rafa a empatar de novo, a encostar uma assistência de Bah.

Gyökeres atirou ao poste pouco depois, mas o Benfica voltou a assumir o jogo e a encostar os “leões” à sua grande área, sucedendo-se os lances de perigo dos homens da casa.

O jogo continuou empolgante, mas o Sporting aguentou o empate até final e assegurou a presença no Jamor.

Melhor em Campo

Que jogo do argentino. O seu Benfica não ganhou, mas Di María encheu o campo desde o apito inicial, terminando como melhor em campo, com um GoalPoint Rating de 8.1, e os motivos são óbvios.

Quatro remates, dois enquadrados, duas ocasiões flagrantes criadas em excelentes sete passes para finalização, um passe de ruptura, três cruzamentos eficazes em nove, cinco dribles eficazes em dez tentados, quatro conduções progressivas e quatro faltas sofridas.

A nota teria disparado não fosse a flagrante desperdiçada no primeiro tempo.

Resumo

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