Filip Singer / EPA

Terceira derrota consecutiva para o Sporting na Liga dos Campeões. Ante um Leipzig que tinha perdido todos os seus jogos na prova até esta jornada, os “leões” viveram uma primeira parte de contraste, sofreram um golo, mas passaram a dominar no segundo tempo, após alterações de Rui Borges.
Contudo, esse domínio só teve um lance de rasgo, pelo suspeito do costume, e contra a corrente do jogo os homens da Red Bull marcaram e fecharam-se.
Vitória do Leipzig por 2-1, tudo para decidir ante o Bolonha, em Alvalade.
Primeira parte mista para o Sporting, que entrou bem, agressivo, a criar alguns lances, mas a verdade é que, a meio-campo, ia perdendo algumas disputas, com o “duplo-pivot”, composto por Debast e Hjulmand, a não cobrirem tantas zonas da intermediária como convinha.
Assim, o Leipzig ia causando alguns calafrios em transições e marcou aos 19 minutos, por Benjamin Šeško, e viu um golo anulado pouco depois por fora-de-jogo. Faltava definição ao “leão” na frente, com sete remates, mas apenas um enquadrado.
Rui Borges percebeu o problema e, nos primeiros minutos do segundo tempo, recompôs o meio-campo (e não só) e o jogo mudou.
Demorou um pouco a haver estragos ofensivos, mas o domínio passou a ser leonino, com mais bola, e o golo acabaria por surgir por um dos recém-entrados, o inevitável Viktor Gyökeres (75′), num dos seus movimentos típicos.
Só que logo a seguir, contra a corrente de jogo e num lance estranho, Yurary Poulsen recolocou os alemães na frente. E aí ficaram até final, pois os germânicos abdicaram de atacar e fecharam os caminhos para a sua baliza.
O Jogo em 5 Factos
1. Muitos “leões” desarmados
A primeira parte do Sporting foi estranha e pouco sólida e a prova disso os nove desarmes sofridos só na primeira parte, quando o máximo da equipa nesta Champions era de dez em 90 minutos. No final o número era preocupantes 17.
2. Leipzig concentrado na linha defensiva
A conclusão é fácil tendo em conta os três foras-de-jogo em que os jogadores leoninos caíram na partida. O máximo de “offsides” leoninos nas seis jornadas anteriores era de apenas dois.
3. Recorde de passes falhados
A pressão do Leipzig, em especial na primeira parte, obrigou o Sporting a errar muitos passes. Os 83% de eficácia nas entregas em 387 contemplam 79 passes errados, máximo da equipa de Alvalade na prova.
4. “Leões” bem no drible
A formação lusa esteve muito bem no drible. Em 23 tentados completou 15, novo máximo da equipa, que até esta partida apresentava uma média de 6,5 por jogo.
5. Sporting com chegada à área
O resultado pode dizer uma coisa, mas a realidade é que o Sporting esteve com frequência na área do Leipzig. Os alemães contabilizaram 18 acções com bola na área “verde-e-branca”, enquanto os “leões” chegaram às 30 do outro lado, igualando o seu máximo na competição.
Melhor em Campo
O sueco Viktor Gyökeres voltou a começar um jogo no banco, protegido devido à sobrecarga de jogos, mas a incapacidade ofensiva do Sporting obrigou Rui Borges a lançar o atacante aos 55 minutos, e o impacto foi imediato. Gyökeres fez o empate em mais um dos seus lances típicos e foi o melhor em campo, com registo ainda para três passes para finalização e quatro acções com bola na área contrária.
Resumo
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