Leandro diz “mata”, Kökçü diz “esfola”

Goleada do Benfica, “hat-trick” de um nome imprevisível e nota 10.0… de outro jogador.

Este foi um jogo entretido na Luz, com triunfo tranquilo e justo dos “encarnados”, que desde cedo souberam ocupar bem os espaços para receberem a bola e iniciarem transições rápidas, com muito pouca oposição do Famalicão.

Com três golos, Leandro Barreiro foi o herói, Andreas Schjelderup voltou a espalhar magia (e assistências), mas o GoalPoint Rating máximo foi de um médio “invisível” que terminou com números incríveis e fez tantos estragos quanto o luxemburguês, mas de forma diferente.

Um Benfica solto, alegre, dinâmico entrou na primeira parte para dominar por completo o jogo, construir uma boa vantagem e anular completamente o ataque famalicense.

Os visitantes raramente conseguiam travar as transições “encarnadas”, com os homens da casa quase sempre soltos para receber passes, sem sofrerem grande pressão adversária.

Assim, os remates do Benfica foram surgindo (8), com qualidade (5) e aproveitou Leandro Barreiro para se tornar na figura improvável, ao marcar os dois golos da “águia”, primeiro com assistência de Vangelis Pavlidis e depois de Andreas Schjelderup.

O segundo tempo foi mais pausado, com o Benfica a tentar “chamar” o Famalicão para ter mais espaços para atacar.

Ao início a estratégia não funcionou, mas aos poucos as ocasiões começaram a surgir, com Pavlidis a tentar o golo por todas as maneiras, mas a não ser feliz.

A noite era mesmo de Leandro Barreiro, que fez “hat-trick” aos 67 minutos, após mais uma assistência de Schjelderup. Uma noite de sonho para o internacional luxemburguês, que marcou três golos num jogo pela primeira vez na carreira.

A fechar, Orkun Kökçü fez um grande golo, após magnífica jogada colectiva.

O Jogo em 5 Factos

1. Benfica sempre muito perigoso

Uma goleada por si só, por vezes, não quer dizer que uma equipa criou um incontável número de ocasiões, mas no caso desta partida sim. O Benfica terminou com 3,9 Golos Esperados (xG), terceiro valor mais alto da Liga e registo máximo da “águia” no campeonato. E no processo construiu sete ocasiões flagrantes, também terceiro número mais elevado.

2. Qualidade no remate

As “águias” atingiram os 21 remates, um número elevado, mas não extraordinário. O que salta à vista é mesmo o total de disparos enquadrados. Foram 12, mais uma vez o terceiro valor mais alto da prova e segundo dos “encarnados”.

3. Famalicão inexistente no ataque

Nenhuma equipa havia terminado um jogo desta Liga com um só remate realizado (o Rio Ave fez pior ante o Porto…zero), mas o Famalicão preencheu essa “lacuna”, fazendo um disparo apenas.

4. Rating colectivo com novo máximo

O Benfica havia conseguido um GoalPoint Rating colectivo (a média de todos os seus jogadores utilizados) de 6.84 no passado, mas nesta partida esteve ainda melhor e fixou um máximo da equipa de 6.85, também demonstrativo da noite globalmente muito boa dos “encarnados”.

5. “Águia” pressionante

Grande parte do sucesso benfiquista neste jogo esteve na sua capacidade de pressão. Os comandados de Bruno Lage terminaram com 21 acções defensivas no meio-campo contrário, contra dez dos famalicenses.

Melhor em Campo

Por esta é que não esperavam, não é? Leandro Barreiro fez três golos, todos pensavam que era o luxemburguês a “sacar” nota máxima, mas por detrás da goleada do Benfica esteve Orkun Kökçü, um “maestro” em todos os melhores momentos defensivos, de construção e ofensivos.

Uma espécie de “formiguinha invisível” que terminou com números estratosféricos e registou 10.0 (10.84 sem “tampa”) nos GoalPoint Ratings.

Kökçü fez um golo, quatro remates, todos enquadrados, criou uma ocasião flagrante em três passes para finalização, realizou um passe de ruptura, acertou 13 de 17 passes longos, somou 13 progressivos e três super progressivos, e esteve em todo o lado, com o máximo de acções com bola (94), de recuperações de posse (8), de acções defensivas no meio-campo contrário (5) e de desarmes (4).

Estupendo.

Resumo

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