Uma equipa de cientistas descobriu que existem vários animais, como lagostas, babuínos e formigas, que recorrem ao distanciamento social para não adoecerem.
“Por muito pouco natural que nos possa parecer, o distanciamento social é uma parte muito importante do mundo natural”, escreveram os cientistas no novo estudo cujos resultados foram esta semana publicados na revista Scientific American.
Os cientistas frisam no mesmo documento que este comportamento é muito comum, uma vez que ajuda animais sociais a prevenir doenças e a sobreviver. Desta forma, aumentam também “as suas possibilidades de terem filhos que também agem desta forma” – comportamento que os especialistas denominam de “imunidade comportamental”.
Este comportamento “acarreta custos”, escrevem ainda os cientistas, que são, na prática, os benefícios que favorecem a vida social destes espécimes. E é por este motivos que muitas animais optam por continuar juntos, mesmo quando algum membro da população está doente ou infetado com algum tipo de patogénico.
O artigo dá como exemplo as lagostas que, através da urina, detetam e evitam companheiro do grupo infetados pelo vírus Panulirus argus 1, que origina uma doença que mata mais de metade dos espécimes juvenis infetados, que são os mais sociais.
O animal afasta-se, pagando, por um lado, o custo de se expor a um risco maior de ser apanhado por uma presa, mas garante, por outro lado, que um surto viral dizime grande parte da sua comunidade, observa o portal Russia Today.
Além das lagostas, também as formigas de jardim e alguns babuínos utilizam esta técnica para evitar que uma doença se alastrem, referem os cientistas.