La Palma abalada por crise sísmica

Miguel Calero / EPA

Pessoas a ver a erupção do Vulcão Cumbre Vieja, em La Palma

Pessoas a ver a erupção do Vulcão Cumbre Vieja, em La Palma

Foi registado um conjunto de eventos sísmicos de longa duração na região do vulcão Cumbre Vieja, na ilha de La Palma, desde as 19h01 de quinta-feira. Não se trata de um processo de intrusão magmática, mas sim de libertação de fluidos térmicos causados pelo resfriamento do magma.

Segundo o Instituto Vulcanológico das Canárias, a ilha de La Palma está a ser afetada por uma crise sísmica, tal coo aconteceu em setembro antes de o vulcão Cumbre Vieja ter entrado em erupção.

Desde as 19h01 de quinta-feira, foram registados 46 terramotos em La Palma, 20 dos quais com magnitude igual ou superior a 2 na escala de Richter.

O Observador escreve que a maioria tem origem a uma profundidade entre os sete e os 14 quilómetros. Já os sismos registados no mar têm origem a 30 quilómetros de profundidade.

Para já, crise sísmica não indica a iminência de uma erupção vulcânica. Segundo os especialistas, os tremores de terra parecem estar relacionados com o arrefecimento da câmara magmática que, até novembro, alimentou a erupção do vulcão.

Também não há sinais de que a crise sísmica em La Palma tenha alguma ligação à que também está a afetar a ilha de São Jorge, nos Açores.

Ambos os sistemas vulcânicos são independentes e localizam-se em contextos tectónicos distintos.

O vulcanismo açoriano está relacionado com a interação entre três placas tectónicas, que permite a subida de magma por baixo do arquipélago, enquanto que no caso das Canárias o fenómeno é um hotspotuma pluma de magma que sobe do manto até à crosta e vai enchendo uma câmara por baixo do cone vulcânico.

A erupção do vulcão Cumbre Vieja foi até agora a mais longa de que há registo em La Palma, com uma duração superior a três meses.

ZAP //

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