/

Afastamento de Carlos Alexandre do processo “Máfia do Sangue” recusado pela terceira vez

1

João Relvas / Lusa

O juiz Carlos Alexandre

A justiça recusou-se, pela terceira vez, a afastar o juiz Carlos Alexandre da instrução do processo “Máfia do Sangue”, decisão confirmada em conferência de juízes do Constitucional.

Como noticiou esta quarta-feira o Expresso, assim, será Carlos Alexandre a decidir se Lalanda e Castro vai a julgamento pelo crime de corrupção, no processo também conhecido como “O Negativo”. A sua imparcialidade foi posta em causa porque, segundo o livro “O Juiz”, o seu pai tinha uma dívida com Anastácio Lalanda e Castro, tio-avô do acusado.

O tio-avô Lalanda era o diretor do colégio onde o Carlos Alexandre estudou em Mação e não perdoava o facto do pai do juiz o tratar por “professor” e não por “senhor”.

Em reação ao Correio da Manhã, Carlos Alexandre indicou que “o facto de ser pobre ao longo de toda a vida, não é anátema nem lhe provoca sentimentos hostis, recalcitrância ou ressabiamento contra ninguém”.

A Relação considerou os argumentos da defesa “irrealistas e fantasiosos”, tendo esta recorrido ao Tribunal Constitucional. O conselheiro Teles Pereira considerou que não havia qualquer motivo “sério” para afastar o juiz, decisão confirmada pela conferência de juízes.

Além de Lalanda e Castro – ex-administrador da Octapharma em Portugal -, são acusados no processo o ex-presidente do INEM Luís Cunha Ribeiro e o advogado Paulo Farinha Alves. Em causa estão suspeitas de corrupção no negócio milionário do plasma sanguíneo.

Taísa Pagno //

1 Comment

  1. Este é o caso que levou à rejeição de enormes quantidades de sangue, oferecido pelos dadores portugueses, para ser importado o dito cujo plasma, a preço milionário, para dar lucro ao dito sr. Lalanda, ligado aos laboratórios suiços e não só ! Mais uma do nosso grande estadista.

Deixe o seu comentário

Your email address will not be published.