Facundo Arrizabalaga / EPA

O caso remonta a dezembro de 2018, quando surgiram as primeiras notícias de uma investigação da BBC que envolvia a família real britânica.
Um grupo neonazi era responsável por uma propaganda online onde sugeriam que o príncipe Harry era um “traidor da raça” por ter casado com Meghan Markle e, por esse motivo, devia ser abatido.
Dois jovens encontravam-se entre os membros de uma versão britânica do violento grupo neonazi norte-americano Atomwaffen Division (a palavra alemã “atomwaffen” significa “arma atómica”), que encoraja o terrorismo e idolatra Adolf Hitler e Charles Manson, avançava na altura o trabalho jornalístico, citado pelo Observador.
Agora, foi finalmente conhecido o desfecho para Michal Szewczuk, de 19 anos, natural de Leeds, de 19 anos, e para Oskar Dunn-Koczorowski, de 18, oriundo da zona oeste da Londres, que faziam parte de um grupo chamado Sonnenkrieg Division.
O jovem de 19 anos foi condenado a uma pena de prisão de quatro anos e três meses, avançou a Sky News, enquanto Dunn-Koczorowski se ficou pelos 18 meses. Os arguidos escutaram a sentença através de vídeo-conferência, a partir do estabelecimento prisional HMP Belmarsh, no sudeste da capital britânica, sem manifestar qualquer reação.
A acusação saiu do Old Bailey, o tribunal criminal central localizado no centro de Londres, que apontou a publicação “repugnante” que andou a circular nas redes, na qual Harry aparece numa montagem com uma arma apontada à cabeça, devido ao casamento “inter-racial” que protagonizara um ano antes, no dia 19 de maio, com a ex-atriz norte-americana Meghan Markle.
“Vemo-nos mais tarde traidor da raça” foi a mensagem que divulgaram, denunciada entretanto por diversos meios, caso do jornalista e realizador britânico Jake Hanrahan.