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Um tribunal especial espanhol condenou, esta terça-feira, um português a quatro anos de prisão pelo seu envolvimento numa rede terrorista que recrutava mulheres e crianças para o Estado Islâmico.
Segundo a sentença que a agência Lusa obteve hoje, a Audiência Nacional condenou Fábio Almeida, nascido em 9 de abril de 1985, em Angra do Heroísmo, por “delito de doutrinamento passivo terrorista”, à pena de quatro anos de prisão, sem que tenham havido “circunstâncias genéricas de responsabilidade criminal”.
Na mesma sentença, o tribunal, que trata de casos de delitos de crime organizado como terrorismo, também condenou outras três pessoas a sete anos de prisão, como “autores penalmente responsáveis” de um delito de “aliciamento e doutrinamento terrorista”.
Os quatro estavam detidos desde 4 de outubro de 2015 e eram acusados pelo Ministério Público espanhol de pertencerem a uma célula do Daesh criada em 2014 para recrutar crianças e jovens do sexo feminino, com idades compreendidas entre os 12 e os 16 anos, através de três grupos de WhatsApp chamados “Ansar Al Islam”.
Em outubro de 2015, o português e a noiva, Sanae Boughroum, preparavam-se para casar e depois viajar para a Síria ou para a Líbia, sem bilhete de volta, quando foram detidos pela polícia espanhola, no apartamento da família da jovem, num bairro de classe média de Toledo.
ZAP // Lusa
