Ir à discoteca pode retardar o Alzheimer

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“Uma hora de discoteca por dia nem sabe o bem que lhe fazia”. Sons e luzes intermitentes potenciam a libertação de toxinas, ajudando a abrandar o declínio cognitivo. Desde que seja um pouco mais silenciosa do que as habituais, ir à discoteca pode retardar doenças como o Alzheimer.

Um grupo de investigadores do Massachusetts Institute of Technology (MIT) apresentou um tratamento experimental promissor para a doença de Alzheimer que utiliza uma combinação de sons e luzes intermitentes – ao estilo de uma discoteca – para abrandar o declínio cognitivo.

De acordo com o estudo, publicado no final de fevereiro na Nature, expor os pacientes a luzes a piscar e sons de baixa frequência potencia a eliminação de resíduos do cérebro, melhorando assim a remoção de beta-amiloide e outras proteínas tóxicas associadas a problemas de memória e concentração.

Como detlha a New Scientist, o tratamento envolve expor as pessoas a luzes que piscam a uma frequência de 40 hertz (40 vezes por segundo) e um som de baixa frequência, igualmente de 40 Hz, durante uma hora por dia.

O tratamento tira partido da tendência natural do cérebro sincronizar e disparar as suas células a várias frequências – conhecidas como ondas cerebrais – durante atividades de maior atividade cerebral.

Um estudo de 2016 já tinham indicado que este tratamento trouxe benefícios cognitivos em ratos com Alzheimer. O estudo atual confirmou a teoria anterior e revelou que o efeito benéfico se deve à estimulação do sistema glicofático – fundamental na eliminação de resíduos.

Noutras experiências com ratos propensos a ter problemas de memória, a exposição ao tratamento de som e luz resultou numa diminuição dos níveis de amiloide – a tal proteína tóxica associada a problemas de memória e concentração.

O efeito positivo é atribuído a um aumento no fluxo de líquido cefalorraquidiano no cérebro, facilitado pela pulsação de vasos sanguíneos próximos e um “influxo” de água para o sistema glicofático.

ZAP //

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