Investigação australiana recomenda fim do celibato na Igreja Católica

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Esta sexta-feira, uma investigação australiana sobre abuso sexual de crianças recomendou à Igreja Católica que levante a exigência de celibato ao clero.

A Comissão Real da Austrália, que corresponde à procuradoria-geral da república, divulgou esta sexta-feira as conclusões finais da investigação sobre o escândalo de abuso sexual a menores que tem intrigado o país nos últimos cinco anos.

O relatório, com 189 recomendações e 17 volumes, indicou que deve ser esclarecido até onde vai o segredo da confissão quando estão em causa provas de crime contra menores.

Sobre respostas institucionais ao abuso sexual de crianças, a comissão real australiana está a investigar, desde 2012, como é que a Igreja Católica e outras instituições no país responderam a estes crimes ao longo de mais de 90 anos.

Na investigação da comissão, a mais alta forma de inquérito no país, foram ouvidos os testemunhos de mais de oito mil vítimas de abuso sexual em instituições religiosas, entre os quais 62% eram católicos.

A comissão recomendou à Conferência Episcopal Australiana que peça ao Vaticano para considerar a introdução do celibato voluntário para o clero. Os investigadores apontam que, embora o celibato “não seja uma causa direta do abuso sexual de crianças, contribuiu para a ocorrência de abusos sexuais”, cita o Expresso.

“Milhares de crianças foram vítimas de abusos sexuais em muitas instituições australianas, nunca saberemos qual o verdadeiro número. Este não é um caso que envolve algumas maçãs podres. As mais importantes instituições da sociedade falharam seriamente”, sublinha o relatório.

De acordo com o JN, as recomendações da comissão, num total de 409, incluem tornar crime a não denúncia de abusos infantis, e os sacerdotes não devem estar isentos de serem acusados.

Acrescenta-se às recomendações a criação de um sistema de treino de crianças em escolas e infantários para que aprendam a proteger-se de abusadores, a criação de um gabinete nacional para a segurança infantil, dirigido por um ministro do governo e tornar obrigatório que todas as pessoas que trabalham com crianças denunciem abusos às autoridades.

ZAP //

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  1. Apocalipse 18

    3 Porque todas as nações beberam do vinho da ira da sua fornicação, e os reis da terra fornicaram com ela; e os mercadores da terra se enriqueceram com a abundância de suas delícias.

    4 E ouvi outra voz do céu, que dizia: Sai dela, povo meu, para que não sejas participante dos seus pecados, e para que não incorras nas suas pragas.

    5 Porque já os seus pecados se acumularam até ao céu, e Deus se lembrou das iniqüidades dela.

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