Interior tem um hospital totalmente equipado fechado há meio ano

Há uma unidade hospitalar totalmente equipada no interior do país fechada há meio, escreve a Sábado, dando conta que o edifício custou cerca cerca de 4,50 milhões de euros e o equipamento 2,50 milhões.

De acordo com a revista Sábado, que avança a notícia esta quinta-feira, em causa está o Hospital Compaixão, em Miranda do Corvo, no distrito de Coimbra.

A unidade hospitalar, totalmente equipada e pronta a funcionar há cerca de meio ano, continua fechada devido à falta de um acordo de cooperação com a Administração Regional de Saúde do Centro (ARSC).

Em declarações à revista Sábado, o médico Jaime Ramos diz que a proprietária do equipamento – a Fundação ADFP (Assistência, Desenvolvimento e Formação Profissional), sem fins lucrativos – está a ser marginalizada. O médico, que preside também a associação, aponta ainda a agentes do Estado “práticas sectárias”, dizendo que estes têm o “desejo de proteger interesses instalados, avessos a concorrência”.

Sentimos que só por isso não está a ser negociado connosco um acordo de cooperação”, disse Jaime Ramos à revista, afirmando que há agentes do Estado que “não gostam dos dirigentes da Fundação”.

O hospital, que tem uma área de construção de 4.000 metros quadrados, tem 40 camas para cuidados continuados. De acordo com a Sábado, a “unidade assistencial (…) está dotada de meia centena de camas para internamento, em quartos duplos e individuais, com instalações sanitárias privativas, televisão, climatização e gases medicinais”.

Gabriela Morais, a engenheira que projetou a unidade, revela ainda à Sábado que o bloco operatório do hospital tem condições físicas e tecnológicas de exceção.

O Ministério da Saúde, através de um ofício que fez chegar à Fundação ADFP, diz que a ARSC não tem para 2020 qualquer verba no esboço do orçamento para permitir  dar início ao processo conducente a uma proposta de acordo de cooperação.

Jaime Ramos frisa ainda que o Hospital Compaixão é o maior investimento privado, de interesse público, realizado no concelho de Miranda do Corvo desde a construção do convento de Semide, que data do século XII.

ZAP //

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