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Inteligência emocional melhora saúde e desempenho no trabalho

World Bank Photo Collection / Flickr

Um investigador da Universidade de Málaga, em Espanha, considerou que a inteligência emocional, tema de uma conferência que começa esta quarta-feira no Porto, melhora a saúde mental e física dos indivíduos e o desempenho no trabalho.

De acordo com o especialista Paulo Fernandez-Berrocal, a inteligência emocional é a capacidade de perceber, avaliar, expressar e regular a emoção, que pode levar a um comportamento social mais ativo, a uma maior sensação de bem-estar e felicidade e controle da agressividade.

Durante séculos, a emoção e a cognição foram entendidas como conceitos separados, mas atualmente a relação interactiva e bidirecional entre ambas tem uma ampla aceitação, afirmou.

“Os neurocientistas têm revelado interações complexas entre os dois conceitos, demonstrando um alto nível de interdependência entre eles”, referiu. As emoções e os processos cognitivos, como a atenção, a tomada de decisão, e a memória, parecem estar relacionados, acrescentou.

Um estado emocional negativo “promove um processamento mais sistemático, detalhado e cuidadoso das informações”, enquanto um estado emocional positivo leva a que esse processo seja mais criativo e espontâneo, explicou.

Fernandez-Berrocal é um dos investigadores que participa no 6.º Congresso Internacional de Inteligência Emocional, que decorre entre esta quarta-feira e sábado, na Faculdade de Psicologia e Ciências da Educação da Universidade do Porto (FPCEUP).

O congresso é organizado com o apoio da ‘International Society for Emotional Intelligence’ (ISEI), uma organização educacional sem fins lucrativos que auxilia e incentiva o avanço da investigação na área da inteligência emocional.

Paulo Fernandez-Berrocal é responsável pela sessão “Inteligencia emocional en acción: Claves para desarrollar nuestras emociones”, que visa proporcionar aos profissionais da área uma perspetiva mais prática dos conceitos de emoção e inteligência emocional.

Durante o evento, vai ainda apresentar o estudo “Emotional intelligence and hot and cool cognitive control ability”, cujos resultados sugerem que uma melhoria na capacidade de gerir as emoções pode aumentar o controle cognitivo, impedindo determinados comportamentos, como a impulsividade ou o abuso de drogas”.

Em declarações à Lusa, John Pellitteri, presidente do ISEI e um dos oradores no congresso, explicou que a inteligência emocional engloba um conjunto de habilidades que podem ser desenvolvidas, permitindo aos indivíduos usar a informação emocional para se adaptarem e ser bem-sucedidos na vida e no relacionamento com os outros.

// Lusa

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