Uma inteligência artificial criada pela Universidade de Flinders, na Austrália, desenvolveu, sozinha, uma nova vacina para a gripe.
Apelidada de “SAM” (sigla em inglês para “Algoritmos Inteligentes para Descobertas Médicas”), a tecnologia criou uma medicação tão eficaz que os testes em humanos já estão a começar nos EUA.
Segundo o relato da própria universidade, a SAM recebeu diversas informações de agentes químicos conhecidos por ativarem o sistema imunológico humano. Em seguida, outros agentes químicos — que não trazem efeito algum sobre o nosso corpo — também foram inseridos no banco de dados da IA.
A partir daí, SAM passou a trabalhar na geração de triliões de compostos e combinações químicas para criar novos medicamentos. A gripe em si nem era o alvo da investigação.
Os investigadores responsáveis pelo estudo selecionaram as combinações candidatas mais viáveis de serem reproduzidas e uma delas deu origem a uma vacina “turbo-carregada” que, segundo testes realizados em animais, mostrou-se extremamente capaz de combater diversos tipos de gripe.
“Tivemos de ensinar o programa de IA a ler uma série de componentes de ativação do sistema imunológico humano, bem como alguns que não o fazem. O trabalho da IA em si era o de distingui-los entre componentes que funcionavam e componentes inúteis”, disse ao Business Insider Nikolai Petrovsky, professor da Universidade de Flinders, líder do projeto e diretor de pesquisas da empresa australiana de biotecnologia Vaxine.
“Desenvolvemos outro programa, chamado químico sintético, que gerou trilhões de diferentes combinações químicas que foram reinseridas na SAM para que analisasse e separasse todas até que encontrasse candidatas que pudessem resultar em boas medicações imunizantes para humanos”, explicou o professor.
Petrovsky também ressaltou que o processo via inteligência artificial tem o potencial de encurtar em vários anos o tempo de descoberta de novas medicações, salvando milhares de vidas e economizando milhões de dólares.
“Isso confirmou que a SAM, não só tem a habilidade de identificar bons medicamentos, mas também a de criar drogas imunizantes ainda melhores do que as que existem atualmente”, disse Petrovsky. “Pegámos nestas drogas criadas pela SAM e desenvolvemos testes com células humanas, depois em animais, a fim de confirmar a sua capacidade de ampliar a eficácia da vacina”.
De acordo com a Universidade de Flinders, testes humanos já estão a ser encomendados nos EUA, dizendo que já se sabe que a nova vacina é melhor do que as atuais em animais – e agora precisam de confirmar este facto em humanos.
Ok, podem continuar: VIH, Ébola, etc…
(…) na geração de “trilhões” de compostos e combinações químicas para (…)
Trilhões”: trilhadelas muito grandes e dolorosas…
Obrigado pelo reparo, está corrigido.