Os inspetores, seguranças e pessoal administrativo da Polícia Judiciária cumprem esta segunda-feira o primeiro de vários dias de greve, em protesto contra o atraso na revisão das carreiras e na aprovação da nova lei orgânica desta polícia.
As três estruturas sindicais que representam inspetores, seguranças e pessoal administrativo da Polícia Judiciária (PJ) marcaram greves para a primeira semana deste mês (4 a 8 de fevereiro), paralisando várias horas por dia, em regime de rotatividade. As greves prosseguem nos dias 11 e 12 do mesmo mês.
Além disso, entre hoje e 5 de março está prevista uma paralisação ao trabalho de prevenção e às horas extraordinárias.
Recentemente, o presidente da Associação Sindical dos Funcionários (ASFIC) da PJ justificou o protesto com o “preocupante estado a que os sucessivos governos deixaram chegar a Polícia Judiciária”, criticando os “constantes adiamentos, manobras dilatórias e ausências de respostas concretas e necessárias por parte do Governo face ao que durante os últimos três anos lhes foi apresentado”.
Entre outras questões, está em causa a ausência de revisão do estatuto das carreiras profissionais da PJ, a ausência da revisão da lei orgânica da PJ, a crónica falta de recursos humanos e materiais e a sucessiva recusa da tutela em promover a reposição dos escalões que foram congelados.
Ricardo Valadas desafiou o Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, a visitar a PJ para se “inteirar dos problemas” desta polícia que combate a criminalidade organizada e a corrupção.
// Lusa