Inflação comeu 1,1% do rendimento real das famílias no primeiro trimestre, diz a OCDE

Os aumentos dos preços do consumidor “minaram o rendimento das famílias em termos reais” disse a OCDE. Famílias perderam 1,1% do rendimento.

O rendimento real per capita das famílias diminuiu 1,1% na OCDE no primeiro trimestre deste ano, devido em parte a aumentos dos preços do consumidor, que “minaram o rendimento das famílias em termos reais”, segundo anunciado esta quinta-feira.

Num comunicado, a Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Económico (OCDE) afirma que o declínio do rendimento real per capita das famílias contrasta com a evolução do Produto Interno Bruto (PIB) real per capita (por pessoa), que cresceu 0,2% no primeiro trimestre.

Este foi o quarto trimestre consecutivo que o PIB per capita ultrapassou o rendimento familiar per capita, reduzindo a diferença observada no início da pandemia. O rendimento das famílias é agora 2,9% mais elevado do que era no quarto trimestre de 2019, enquanto o PIB real é 1,6% mais elevado.

Entre as economias do G7, o impacto da inflação sobre as famílias no primeiro trimestre foi particularmente claro em França, onde o rendimento familiar real ‘per capita’ caiu 1,9% e na Alemanha, onde caiu 1,7%.

Noutras partes da Europa, a elevada inflação doméstica também contribuiu para grandes quedas em termos reais do rendimento familiar per capita como na Áustria (menos 5,5%) e em Espanha (menos 4,1%).

Entre os países do G7, o Canadá registou o maior crescimento do rendimento familiar real per capita no primeiro trimestre de 2022, com uma subida de 1,5%, devido principalmente ao crescimento na “remuneração dos empregados” (salários e vencimentos dos empregados e contribuições sociais dos empregadores), que aumentaram 3,8% em termos nominais no primeiro trimestre de 2022.

// Lusa

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