Variação média anual foi de 1,3 por cento. Inflacção no ano anterior tinha sido nula.
O Instituto Nacional Estatística (INE) comunicou nesta quarta-feira que a variação média anual no Índice de Preços no Consumidor (IPC) – ou seja, a inflacção – foi de 1,3 por cento em 2021.
A taxa de variação média ficou-se nos 0,8 por cento (nula no ano anterior), se retirarmos do IPC a energia e os bens alimentares não transformados.
O INE não esconde que, ao longo do ano passado, registou-se um “forte movimento ascendente” na variação homóloga do IPC total. Esta subida foi mais acentuada no segundo semestre de 2021, durante o qual “as variações observadas foram sempre superiores ao valor da média anual”.
Só em Dezembro, o mês passado, o IPC registou uma variação homóloga de 2,7 por cento, ainda mais alta do que os 2,6 por cento de Novembro. A estimativa inicial era de 2,8 por cento.
Recorde-se que no ano anterior, 2020, um ano marcado claramente pela surpresa chamada coronavírus, a inflacção foi nula.
O jornal Observador que esta inflacção anual é a taxa que conta para, por exemplo, calcular os novos salários da função pública – actualizados em 0,9% para este ano.
O Índice de Preços no Consumidor – que revela os números que são utilizados pelo Eurostat para comparar os vários países europeus – subiu 2,8 por cento.
Um factor essencial para este aumento dos preços foi a subida dos preços dos combustíveis, que “dispararam” ao longo de 2021, registando subidas à segunda-feira em muitas semanas consecutivas.