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Indonésia revela causas da morte dos mais de 500 funcionários durante as eleições

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O Ministério da Saúde da Indonésia revelou as principais causas de morte das mais de 500 pessoas – entre funcionários da comissão eleitoral e voluntários – que acabaram por morrer na sequência da contagem de votos nas eleições gerais do país, que decorreram a 17 de abril.

Os resultados da auditoria médica e das autópsias, citado pelo jornal The Straits Times, concluíram que a maioria das vítimas morreu de problemas cardiovasculares (AVC e enfarto do miocárdio), insuficiência respiratória e asma.

De acordo com o diário, todas as causas de morte estão associadas à fadiga das tarefas e à velhice, tal como apontavam as primeiras notícias. A maioria das pessoas que morreram durante a contagem de votos tinha entre 50 a 70 anos.

As províncias mais afetadas – com mais de 162 voluntários mortos – foram Jacarta, as Ilhas Riau, Sulawesi do Sudeste e Java Ocidental.

A Comissão Geral de Eleições (KPU) assegura que, até ao momento, morreram 456 funcionários eleitorais, 91 supervisores eleitorais e 22 polícias. Cerca de 4.310 pessoas ficaram doentes também na sequência das eleições.

O secretário-geral do Ministério da Saúde, Oscar Primadi, pediu à população que não acredite em especulações sobre as causas das mortes, descartando as acusações de que as mortes foram orquestradas.

Relatos de testemunhas afirmara que as vítimas acabaram por morrer de exaustão, depois de trabalharem 12 horas sem parar. A equipa de campanha do candidato presidencial da oposição Prabowo Subianto disse as mortes poderia fazer parte de uma estratégia para levar a cabo uma fraude eleitoral.

“A morte das autoridades eleitorais não era algo que esperávamos, as suas funções exigiam condições de saúde excelentes. Por isso, os funcionários que sofreiam de certam doenças começaram, provavelmente, a mostrar sintomas depois de trabalhar longas horas”, apontou Primadi.

No final de abril, a comissão eleitoral da Indonésia já tinha sido criticada por agir de forma negligente no que respeita à carga horária durante as eleições. De acordo com várias estimativas, entre 6 a 7 milhões de pessoas estavam a trablhar dia e noite em condições inadequadas para controlar as eleições e computorizar os votos.

Pela primeira vez na história do país, e visando reduzir custos, as eleições presidenciais e parlamentares (nacionais e regionais) foram realizadas em simultâneo, o que tornou estas eleições nas maiores do mundo. Os resultados finais serão revelados a 22 de maio.

ZAP //

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