Um grupo de cientistas identificou um antepassado “esmagador de ossos” do tigre-da-tasmânia, junto de outros dois antepassados recém-descobertos, que habitaram a Austrália há cerca de 25 milhões de anos.
Foi descoberto, na Austrália, um antepassado do tigre-da-tasmânia – nomeado como Badjcinus timfaulkneri.
Este novo tigre – que, de acordo com os cientistas, era “carniceiro” – estava junto com outros dois antepassados recém-descobertos, que também habitaram na Austrália, entre 25 e 23 milhões de anos atrás.
Como refere a Live Science, e Badjcinus timfaulkneri pesava cerca de 11 quilos e usava a sua mandíbula poderosa e extremamente grossa, para esmagar ossos e cortar a carne das suas presas.
A descoberta foi publicada recentemente no Journal of Vertebrate Paleontology, e está a mudar a compreensão sobre os predadores que dominaram a Austrália no final do Oligoceno tardio (33,9 milhões a 23 milhões de anos atrás).
Estes carnívoros marsupiais, encontrados numa jazida de fósseis na Área de Património Mundial de Riversleigh, no norte da Austrália, estão relacionados com o tigre-da-tasmânia moderno (Thylacinus cynocephalus).
A extinção deste animal foi, fundamentalmente, consequência de fatores como a caça intensiva, doenças e alterações climáticas.
O último Tilacino conhecido morreu no Jardim Zoológico em Hobart, na Tasmânia, em 1936. No entanto, a espécie foi oficialmente declarada extinta apenas em 1982.
Outras duas espécies novas
O Ngamalacinus nigelmarveni, outra das novas espécies, pesava cerca de 5,1 kg e tinha molares especializados para perfurar e cortar carne, sendo mais carnívoro que outros pequenos tilacinídeos.
A espécie mais pequena, Nimbacinus peterbridgei, era provavelmente o parente mais próximo do tilacino moderno, mas caçava pequenas presas como lagartos e pássaros.
Estes são agora os membros mais antigos conhecidos da família Thylacinidae.
Como refere a Live Science, a nova investigação sugere que esses carnívoros ocupavam diferentes nichos ecológicos, o que levou à sua diversificação. No entanto, apenas a linhagem que deu origem ao tilacino moderno sobreviveu até cerca de 8 milhões de anos atrás.