Perdas humanas, perdas materiais e agora as perdas económicas relacionadas com o turismo. O impacto já se nota.
Os incêndios trouxeram imagens de sofrimento: pessoas aflitas, algumas morreram, outras sobreviveram – mas as casas não.
Obviamente que a prioridade era salvar vidas, depois salvar casas. Mas os fogos trouxeram outra consequência bem visível e preocupante: prejuízos para o turismo.
Paisagens ficaram irreconhecíveis, percursos destruídos, pontos de atracção que já não existem, ou existem mas ficaram muito diferentes.
Basta pensar que em Castro Daire ardeu uma impressionante percentagem de 41,5% da área total do concelho; ou em Arouca, onde parte dos Passadiços do Paiva foi destruída, ardeu 16,5% da área do município.
O sector pede respostas urgentes, o Governo garante apoio imediato.
O Turismo do Porto e Norte de Portugal informou que está a “colaborar activamente com a Secretaria de Estado do Turismo para avaliar e superar os desafios colocados pela tragédia”.
Já foi esta estabelecida uma linha de comunicação aberta com a Secretaria de Estado do Turismo e as autarquias, para avaliar o impacto dos incêndios nas empresas e nas infraestruturas do sector.
O presidente Luís Pedro Martins revelou na Antena 1 que já há reservas canceladas: “Era difícil que isso não acontecesse. As imagens tiveram exposição internacional, mediática”.
Está a decorrer um levantamento das reservas canceladas e dos prejuízos – um levantamento que não pára de crescer.
“Estamos a avaliar o que existe de trilhos, que muita coisa foi afectada no meio de todas aquelas paisagens. Passadiços do Paiva, Caminhos de Santiago, sinalética…“, enumerou o presidente do Turismo do Porto e Norte.
Mas, mais do que pensar nos turistas, também é preciso cuidar dos locais que ficaram prejudicados: “Todas aquelas pessoas que faziam desta região uma região singular. Foram sonhos destruídos, foram vidas destruídas. E esse é um activo turístico muito importante: as nossas pessoas. Vamos ter que tratar delas também”.
Eles destroem o país….