Paulo Novais/LUSA
Bombeiro em acção em Rebolo, Pombal
Só no concelho Pombal estavam cerca de 700 bombeiros, ao fim da tarde. Zona Centro do país é a mais preocupante.
Muitos locais de Portugal continental continuam a arder, ao final da tarde desta quinta-feira.
Os dados mais recentes do portal oficial da Autoridade Nacional de Emergência e Proteção Civil anunciavam 329 incêndios em curso, 30 em resolução e 67 em conclusão.
A combater os incêndios em curso estavam cerca de 2.300 operacionais, com mais de 700 meios terrestres e seis meios aéreos.
A zona Centro do país é a mais preocupante, sobretudo no concelho Pombal, que reunia quase 700 bombeiros.
Em Barrocal-Sicó estavam a ser precisos mais de 170 bombeiros. Mas o foco estava em Vale de Pia e Ansião (também Pombal), onde estavam mais de 500 bombeiros.
O comandante distrital de operações de socorro de Leiria, Carlos Guerra, estava optimista em relação ao controlo dos incêndios ao longo da próxima noite.
“Esperamos controlar os incêndios. Uma noite bem mais calma, para podermos controlar frentes, com ajuda da humidade relativa, do abaixamento da temperatura e sobretudo dos esforços heróicos destes bombeiros”, disse o comandante aos jornalistas.
O apoio aéreo utilizado no combate às chamas “é o possível” nesta altura, comentou Carlos Guerra, que confirmou que foram requisitados três pelotões militares ao Exército, para que não haja reactivações.
Também em Pombal, a rádio Antena 1 ouviu moradoras descontentes com o que têm observado no meio das chamas: “Têm pedido aos bombeiros para eles pouparem água! Vão apagar os incêndios com o quê?”
“E as outras autoridades (primeiro-ministro no foco) falam assim porque estão lá no alto. Se viessem para aqui, veriam o que está a acontecer!”, reclamaram.
E bem.
Deixar arder o que não é vital e poupar água para proteger/acudir ao que é mesmo necessário!