A inauguração do novo pavilhão realizou-se esta segunda-feira. O evento contou com a presença de Rui Moreira e dos administradores do consórcio Círculo de Cristal. Rosa Mota não compareceu. A cerimónia incluiu ainda uma visita ao novo espaço.
O dia em que o ilustre Palácio de Cristal renasceu oficialmente como Super Bock Arena – Pavilhão Rosa Mota foi, para o presidente da Câmara do Porto, “um dia muito feliz para a cidade”.
Durante a inauguração oficial do espaço, ocorrida na segunda-feira, o edil enfatizou a importância da reabilitação de “um pavilhão totalmente degradado, que fazia vergonha à cidade, sem condições de segurança, uso e salubridade”.
O espaço estava em obras desde finais de 2017 e foi alvo de um investimento de 8 milhões de euros. A reabilitação ficou a cargo do consórcio Círculo de Cristal, formado pela Lucius e pela PEV Entertainment. A Câmara Municipal não teve qualquer custo com a obra.
Tudo boas razões para sorrir, não fosse o evento estar já marcado pela polémica gerada em torno do nome do equipamento. A antiga campeã olímpica, Rosa Mota, anunciou por carta à vereação e ao Executivo da Câmara do Porto que não ia à cerimónia por discordar da nova designação do pavilhão.
Na carta, a que alguns órgãos de comunicação tiveram acesso, a ex-atleta informa que ponderou pedir a retirada do seu nome, tendo aceite mantê-lo na condição de que não fosse secundarizado face ao do patrocinador. Depois de receber o convite para a cerimónia desta segunda-feira, a atleta terá percebido que assim não seria e decidiu não dar a sua “anuência a algo que parece estar definitivamente estabelecido e que não foi o que foi acordado”, afirma.
A Câmara do Porto, por sua parte, fez notar, em comunicado emitido esta quinta-feira, que o logotipo do renovado Rosa Mota é conhecido “desde pelo menos Dezembro de 2018”. Insiste ainda que foi acautelado o nome da atleta na designação do espaço como estava, aliás, previsto no caderno de encargos da obra e que a autarquia não esteve envolvida nas conversações que a atleta e o concessionário terão mantido a este propósito.
Na cerimónia de segunda-feira, Rui Moreira referiu-se ao caso sem esvaziar a polémica: “Não me venham com complexos por haver um nome que está associado a bebidas alcoólicas, porque quando a cidade não era conhecida como é hoje, era associada ao vinho do Porto”.
Contactado pelo JPN, José Pedrosa, ex-treinador e representante da atleta, não quis comentar o caso, confirmando que Rosa Mota enviou uma carta para os vereadores, referindo também que a atleta terá manifestado na missiva a intenção de que esta não fosse divulgada.
Um novo centro na cidade
Ainda na cerimónia de inauguração, Filipe Azevedo, da Lucios, referiu que o Super Bock Arena – Pavilhão Rosa Mota “vai com toda a certeza ser uma referência no dia a dia cultural, desportivo e empresarial” da cidade do Porto e “também de Portugal”.
Na mesma linha, Jorge Silva, da PEV Entertainment, referiu que o novo Rosa Mota vai funcionar como um polo de dinamização económica, social e cultural: “É tempo de futuro. O Super Bock Arena – Pavilhão Rosa Mota tem de ser a nossa nave especial”, afirmou numa referência a uma afirmação de Rui Reininho.
Com as obras de requalificação, o espaço passa agora a contar com um centro de congressos, uma sala principal, um restaurante e várias áreas de lazer. Após as declarações, seguiu-se a visita à nova sala principal, a arena, agora capaz de receber eventos de grandes dimensões.
O Super Bock Arena – Pavilhão Rosa Mota estreou esta quinta-feira à noite com um concerto dos Ornatos Violeta, que se repete esta sexta-feira.
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