Apesar das múltiplas sanções, produtos como o iPhone SE 2022 já entraram na Rússia. Governo aprovou lista de importação paralela.
As sanções económicas à Rússia multiplicaram-se desde o dia 24 de Fevereiro, o primeiro dia da invasão à Ucrânia.
Algumas das marcas e empresas mais famosas do planeta deixaram de operar no mercado russo, ou de exportar produtos para a Rússia (ou ambos).
Mesmo assim, as autoridades russas continuam a garantir que a economia russa e até já ensinam na escola que esta fase de dar prioridade a produtos internos, quase sem produtos importados, é benéfica para a Rússia.
Apesar da suspensão de importações, há produtos que estão a chegar à Rússia, mesmo que sejam de marcas que suspenderam as exportações para território russo.
O “truque” já tinha sido aprovado em Março pelo Governo de Moscovo, quando legalizou a importação de mercadorias sem ser necessária a autorização do detentor dos direitos, das marcas.
Nesta sexta-feira o Ministério da Indústria e do Comércio da Rússia aprovou a lista de mercadorias para importação paralela.
São cerca de 100 categorias, entre as quais telemóveis (Apple e Samsung), peças para automóveis, equipamentos de fotografia e vídeo, acessórios médicos, relógios, instrumentos musicais e produtos de cosmética, entre outros.
Na prática, o que passa a acontecer no mercado russo é que são importados produtos de marcas que não operam na Rússia – mas como as importações são provenientes de países que não aplicaram sanções à Rússia, as compras concretizam-se na mesma.
“Mas não é uma autorização para importar ou vender falsificações”, sublinha o comunicado do o Ministério da Indústria e do Comércio.
Foi esta medida que permitiu, por exemplo, que o recente iPhone SE 2022, telemóvel da Apple, já tenha chegado à Rússia.
Sergey Lavrov reforçou: “Nenhuma sanção vai quebrar as vontades, nem da população russa, nem do Governo russo”.
“Está a decorrer uma guerra propagandista contra todos os russos, mesmo contra aqueles que não vivem na Rússia”, repetiu o ministro dos Negócios Estrangeiros.
Guerra na Ucrânia
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