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Elia, um operador de sistemas de transmissão de eletricidade, vai construir uma ilha artificial no Mar do Norte para funcionar como um centro de energia.
Além de ligar parques eólicos ‘offshore’ ao continente, também se irá ligar às redes elétricas dos países vizinhos, noticiou o Interesting Engineering.
À medida que os países procuram atingir as zero emissões de carbono, as fontes de energia renováveis são uma parte crucial dos seus planos.
Dadas as desvantagens da intermitência, as fontes renováveis de energia precisam de ser ligadas em grandes redes para assegurar que o fornecimento de energia possa ser mantido de modo a corresponder à procura.
Países como a Suíça e os Países Baixos estão a apostar na energia solar para satisfazer a maioria das suas necessidades energéticas. A Inglaterra, a Escócia e a Noruega estão a aproveitar os ventos do Mar do Norte como parte da sua abordagem às energias renováveis.
A Elia, sediada na Bélgica, planeia construir a ilha de energia no Mar do Norte para ligar ao continente europeu os seus parques eólicos ‘offshore’ na zona da Princesa Elisabeth. Localizada a 45quilómetros, essa é a segunda zona eólica ‘offshore’ da Bélgica e tem uma capacidade de 3,5 GW.
Distribuída por uma área de 281 quilómetros quadrados, a zona consiste em três áreas separadas que acolherão os parques eólicos ‘offshore’ ao largo da costa belga.
A ilha de energia artificial planeada pela Elia centralizará a energia produzida pelos parques eólicos ‘offshore’ belgas e irá fornecê-la ao continente através de cabos submarinos. Além disso, pretende tornar-se no ponto de desembarque de dois interconectores híbridos entre o Reino Unido e a Dinamarca.
Para criar a ilha, a empresa vai construir um muro de perímetro exterior com uma serie de estruturas de betão no fundo do mar, enchendo a área com areia. Sobre essa estrutura serão construídas outras, para transmissão de energia, enquanto as paredes altas protegerão das ondas fortes, do vento, da chuva e das cheias.
A ilha contará com um porto e um heliporto, que permitirá ao pessoal responsável visitar e realizar atividades de manutenção. Serão também construídas infraestruturas de transmissão de eletricidade para minimizar as perdas de energia.
O início da construção está previsto para 2024 e a sua conclusão para 2026. Prevê-se que as ligações com parques eólicos e o continente sejam concluídas até 2030.
