IL no Governo? Rui Rocha esclarece

Nuno Veiga / LUSA

Rui Rocha em campanha pela Iniciativa Liberal, em Évora

Não é o cenário mais provável, mas Rui Rocha admite acordo com a AD – e o próprio líder do partido faria parte do novo Executivo.

Antes das eleições legislativas do domingo passado, e entre os muitos cenários possíveis, previu-se muitas vezes uma coligação pós-eleitoral entre PSD e IL. Ou, mais tarde e actualizando, entre AD e IL.

Esse acordo poderia dar maioria absoluta na Assembleia da República. Mas não deu. Nem vai dar.

Para já as duas forças políticas têm, juntas, 87 deputados. No máximo terão 91, depois de contados os votos dos emigrantes. Ficam longe dos 116 necessários para maioria absoluta.

Então, o que vai acontecer à IL? Que afinal manteve o número de deputados no Parlamento (8).

Surgiu já a indicação de que os liberais estão a preparar-se para ficar fora do Governo. Até agora não houve convites formais para negociações nesse sentido.

Rui Rocha foi à CNN esclarecer o caminho que o partido quer seguir.

A IL pode, de facto, fazer parte do próximo Governo de Portugal. Mas “não é o cenário mais provável”, admite o líder do partido.

O cenário mais provável é ser oposição: “A nossa posição de base é dizer que estaremos no Parlamento a apresentar as nossas propostas e a avaliar as dos outros partidos”.

“Exclui completamente o cenário de entendimento mais alargado, mais estrutural que seja necessário em função da estabilidade do país? Não excluo completamente”, admitiu.

Mas a iniciativa não será da Iniciativa Liberal. Rui Rocha salienta que quem deve abordar a IL deve ser o líder do partido mais votado.

Caso acha mesmo formação de Governo entre AD e IL, Rui Rocha vai integrar o novo Executivo: “Creio que não há alternativa se não o líder do partido que participaria estar presente. Não faria sentido de outra maneira”.

O cenário menos provável é um acordo de incidência parlamentar com a AD sem a presença da IL no Governo.

Ru Rocha garantiu que o seu partido não vai ser uma “oposição destrutiva” e a prioridade dos portugueses, segundo o liberal, é clara: “Não queremos mais o PS no Governo”.

ZAP //

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