Conselho Nacional até terminou mais cedo neste sábado: nenhuma das propostas de alteração dos estatutos foi aprovada.
As duas propostas de alteração estatutária apresentadas pelo Conselho Nacional da Iniciativa Liberal e pela oposição interna foram chumbadas em segunda votação.
A votação decorreu neste sábado na Convenção Nacional da IL – e assim o partido fica com os estatutos em vigor.
Na segunda votação, ambas as propostas voltaram a não conseguir alcançar a maioria qualificada de dois terços necessária à sua aprovação.
Com este resultado, os trabalhos do primeiro dia encerraram mais cedo, uma vez que, após o jantar, estava prevista a discussão e votação das propostas de alteração ao texto que tivessem sido aprovadas.
Ou seja, foram oito horas de debate para ficar tudo como estava. A famosa produtividade dos liberais não apareceu desta vez, como sublinha o Observador.
A proposta afeta à direção alcançou 319 votos a favor, 144 contra, 51 abstenções e 28 votos não expressos, ou seja, 58,86%, o que não permitiu alcançar os dois terços necessários à sua aprovação.
Já a proposta de “Estatutos + Liberais”, subscrita pela oposição interna, entre os quais o fundador da IL Miguel Ferreira da Silva e o ex-candidato presidencial Tiago Mayan Gonçalves, obteve 55 votos a favor (28,60%), 318 votos contra, 51 abstenções a 18 votos não expressos.
É uma “meia-vitória” para Rui Rocha: não conseguiu uma espécie de novo voto de confiança, mas conseguiu praticamente o dobro da percentagem dos rivais internos. Pode ser um sinal de menor oposição à atual direção do partido.
Os trabalhos da reunião magna terminam neste domingo, em Santa Maria da Feira (Aveiro), com a discussão do programa político e o discurso de encerramento do presidente do partido, Rui Rocha.
Para já, ninguém questionou o líder da IL – apesar das repetidas críticas à centralização do poder na direção do partido. Os dois eurodeputados conseguidos nas eleições europeias terão dado margem mais confortável a Rui Rocha.
O líder do partido recusou tirar qualquer conclusão sobre estas votações dos estatutos: “Eu não creio que de uma discussão estatutária haja conclusões a tirar sobre seja lá o que for do ponto de vista da direção, da condução, ou dos pretendentes à condução do partido”.
Por outro lado, Rui Rocha salientou que a proposta da oposição interna “foi derrotada por uma maioria significativa dos presentes”.
“Não creio que discussões estatutárias tenham qualquer leitura para qualquer dos lados, mas, se tiverem, tem a ver com a derrota de uma moção que foi apresentada e derrotada maioritariamente nesta convenção“, frisou.
ZAP // Lusa