Idosa morre após esperar uma hora e meia na rua pelo INEM

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António Cotrim / Lusa

O INEM anunciou hoje que abriu um processo de inquérito para apurar as circunstâncias que motivaram o atraso na assistência pré-hospitalar a uma mulher em Lisboa, que esteve mais de uma hora na rua à espera de uma ambulância.

“Instituto Nacional de Emergência Médica lamenta profundamente o desfecho que a situação ocorrida no passado dia 18 de julho, em Campolide, veio a conhecer. O INEM já determinou a abertura de um processo de inquérito para apurar em pormenor todas as circunstâncias que motivaram o atraso na assistência pré-hospitalar a esta utente”, refere o INEM, em comunicado.

Uma mulher de 83 anos caiu num passeio em Campolide, Lisboa, na passada segunda-feira e esperou cerca de hora e meia pelo INEM, que não tinha ambulâncias disponíveis, tendo depois a idosa acabado por morrer no hospital.

Num esclarecimento sobre atraso na assistência a esta utente, o INEM sustenta que “continua a registar um aumento muito acentuado da sua atividade”.

Segundo aquele instituto, na segunda-feira, dia em que a mulher ficou à espera de ambulância, foram recebidas 4.715 chamadas de emergência no Centro de Orientação de Doentes Urgentes (CODU) do INEM, mais 952 chamadas que em igual período de 2021.

“Concretamente em relação à cidade de Lisboa, nos primeiros seis meses de 2022 há registo de 48.410 ocorrências, um acréscimo de 23% comparativamente a 2021”, precisa o INEM.

O Instituto Nacional de Emergência Médica sublinha que “a indisponibilidade momentânea de meios no sistema é uma situação pontual, alheia à vontade de todos os intervenientes”.

No caso em concreto da situação de Lisboa, o INEM refere que juntamente com os parceiros do sistema “não se pouparam a esforços para concretizar o envio de uma ambulância o mais rapidamente possível, não conseguindo, infelizmente, fazê-lo num menor espaço de tempo”.

O INEM indica ainda que “todas as ambulâncias do INEM e dos parceiros do sistema que foram contactadas, num total de 29 entidades, estavam ocupadas noutras missões de emergência a decorrer em simultâneo”, tendo sido acionada a ambulância que “mais rapidamente ficou disponível”.

De acordo com o INEM, o Sistema Integrado de Emergência Médica (SIEM) é um sistema complementar, e é constituído não só pelos meios próprios do INEM, mas também pelos meios dos parceiros bombeiros e Cruz Vermelha Portuguesa, tendo, desde o início de junho, reforçado o dispositivo de meios para o verão, operados pelos parceiros do INEM, com um acréscimo de 23 meios no país, com mais quatro ambulâncias a reforçar a área metropolitana de Lisboa.

ZAP // Lusa

2 Comments

  1. Hora e meia para ser auxiliada em Lisboa!!! Com tanta ajuda da Cruz Vermelha de e outras?
    Já sabemos para onde vão estes inquéritos que nunca dão em nada.
    Já não é a primeira vez que tal acontece até ao dia que alguém mete o INEM em Tribunal com indemnizações á mistura. Mais uma velhota anónima que não é mãe de nenhum tubarão que faleceu por falta de socorro, não é importante pois não?

  2. Comparar um ano sem covid com um ano com covid quando todos estavam em casa e não ha pessoas na rua. Que tal comparar com 2019 por exemplo. Devetm ter reduzido os efectivos como de costume…

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