A nova imagem da Arábia Saudita passa por um hino diferente – e pelo Rei Leão

Responsáveis sauditas já pediram a Hans Zimmer para alterar o hino nacional do país. A ideia é mudar os instrumentos da “fanfarra” de 1947.

A Arábia Saudita está a apostar, ou continua a apostar, numa nova imagem que quer mostrar ao mundo. Não é só nos negócios, não é só no futebol.

Os sauditas querem um hino nacional diferente. Não vão criar uma nova música e novos versos, mas sim uma versão bem diferente da música que se ouve há décadas.

A música do hino nacional actual foi criada em 1947, por Abd al-Raḥman al-Khaṭīb e com arranjos de Sirāj Umar. No início era só instrumental mas em 1984 surgiu a versão com letra, escrita por Ibrāhīm Khafājī.

Agora os responsáveis sauditas querem outra versão. O presidente da Autoridade do Entretenimento, Turki Alalshikh, revelou que já chegou a acordo com Hans Zimmer, pelo menos sobre os “contornos gerais”.

Hans Zimmer é um famoso compositor alemão, vencedor de diversos prémios, incluindo quatro Grammys e dois Óscares – por ser o criador da banda sonora de O Rei Leão e Dune – Duna.

“Discutimos muito sobre muitos projectos que espero que vejam a luz do dia em breve… incluindo a reorganização do hino nacional saudita com instrumentos diferentes”, revelou Turki Alalshikh, citado no jornal The Guardian.

A ideia é afastar o hino nacional dos tempos em que a “fanfarra árabe” era popular naquela altura, há quase 80 anos.

Outra possível colaboração de Hans Zimmer será um musical chamado ‘Arabia’, inspirado na Arábia Saudita; além de um “concerto muito grande” e de criar a banda sonora para um filme saudita em breve.

A Arábia Saudita está a aplicar uma reformulação ambiciosa. Tenta diversificar a sua economia, afastando-se um pouco do petróleo bruto. Reabriu cinemas, há mulheres a conduzir, turistas não muçulmanos podem entrar, e diversos projectos megalómanos estão a avançar.

Por outro lado, segundo diversos activistas e organizações, o Governo da Arábia Saudita está a tentar assim encobrir políticas internas duras, como poucos direitos para as mulheres, restrições à liberdade de expressão e o facto de ser um dos países com mais alta taxa de execuções.

ZAP //

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