As forças armadas israelitas disseram este domingo ter sido atacadas por “dois ou três” mísseis anti-tanque disparados pelo movimento xiita libanês Hezbollah.
Segundo a CNN, os alvos foram uma base militar israelita e uma ambulância. Ainda assim, não há feridos ou mortos a registar, de acordo com a mesma fonte.
O Hezbollah já reivindicou a ação militar. O movimento explicou que se trata de uma resposta ao ataque de Tel Aviv que ocorreu na semana passada, quando drones armados com explosivos terão atingido edifícios civis no Líbano.
O líder do movimento, Hassan Nasrallah, já tinha ameaçado retaliar e anunciou que estava a preparar um ataque para obrigar Israel a pagar “o devido preço”, naquilo que apelidou de “estratégia de proteção do país”.
No ataque deste domingo, os mísseis anti-tanque foram disparados a partir de uma base no Líbano e atingiram a zona fronteiriça, perto da aldeia israelita de Avivim, às 16h15 locais. Os disparos provocaram pequenos incêndios.
Israel afirmou depois que respondeu com novos disparos de mísseis contra posições militares do Hezbollah, incluindo a origem dos primeiros mísseis. De acordo com o jornal britânico The Guardian que ainda não há informações sobre possíveis feridos ou mortos.
Devido à escalada de tensão, Israel reforçou o contingente militar aéreo, marítimo e terrestre na fronteira com o Líbano. O primeiro-ministro do país, Benjamin Netanyahu, que é também o ministro da Defesa, emitiu um comunicado no domingo onde garante que vai ficar atento aos próximos passos do Hezbollah.
O Presidente israelita afirmou igualmente que não vai hesitar na defesa do seu povo: “Não queremos mostrar o quão bem preparados estamos”, declarou Reuven Rivlin. Do outro lado da fronteira, o Líbano já solicitou a intervenção no conflito dos governos dos EUA e de França.
Este é o primeiro confronto direto entre Israel e o Hezbollah em mais de quatro anos, desde que, em janeiro de 2015, o movimento libanês matou dois soldados israelitas. Este ataque surgiu dias depois de Israel ter atingido vários alvos num ataque na Síria, incluindo um general iraniano que era filho de um comandante do Hezbollah.
Israel e o Hezbollah têm um histórico de antagonismo que remonta a 2006, quando travaram uma guerra de um mês, que terminou num impasse. Apesar da hostilidade, ambas as partes têm conseguido evitar confrontos diretos nos últimos 13 anos.
ZAP // Lusa