Haiti. Dois mortos nos protestos para exigir demissão do Presidente

Alejandro Ernesto / EPA

O primeiro-ministro do Haiti condenou a violência, que causou pelo menos dois mortos, durante as manifestações de domingo passado para exigir a demissão do Presidente Jovenel Moise.

“Ações lamentáveis que não puderam ser evitadas mancharam a jornada que terminou com a morte de duas pessoas e a destruição de alguns bens materiais”, afirmou esta segunda-feira Jean Michel Lapin, primeiro-ministro do Haiti.

“Lamentamos estas mortes ocorridas nestas circunstâncias e apresentamos sinceras condolências aos familiares das vítimas”, afirmou ainda o chefe do Governo.

O primeiro-ministro haitiano felicitou a polícia pelo “excelente trabalho profissional” e advertiu que “o direito ao protesto é um direito constitucional, mas a violência não é aceitável”.

Milhares de haitianos saíram à rua em Port-au-Prince e nas principais cidades do país para denunciar a corrupção política e exigir a demissão do Presidente Jovenel Moise.

Um porta-voz do setor Democrático e Popular, que agrupa vários grupos da oposição e organizações sociais, indicou à imprensa terem contado “sete mortos e mais de 100 feridos”. O movimento Petrochalenger, por sua vez, indicou que muitos agentes “criaram o pânico e mataram civis”.

A inspeção geral da polícia abriu um inquérito e “deu garantias de aplicação das sanções administrativas e judiciárias requeridas, caso os factos se revelarem verdadeiros”, disse Michel-Ange Louis Jeune, um porta-voz da polícia .

Na segunda-feira, as ruas da capital estavam desertas, com a maioria das escolas e dos estabelecimentos comerciais encerrados.

Estas tensões surgem dez dias depois da publicação, pelo Tribunal de Contas, de um relatório de mais de 600 páginas sobre a utilização dos fundos Petrocaribe, um programa de desenvolvimento apoiado pela Venezuela.

// Lusa

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