Foi precisamente há quatro anos que Portugal sagrou-se campeão europeu de futebol. Na final da competição, a Seleção derrotou a anfitriã França, por 1-0.
Portugal começou o Euro 2016 com o pé esquerdo. Num grupo com Hungria, Islândia e Áustria, os portugueses sentiram que a qualificação para a próxima fase seria algo perfeitamente alcançável. No entanto, Portugal acabou por empatar todos os jogos da fase de grupos.
“Já avisei a minha família que só vou dia 11 de julho para Portugal. Vou ficar cá muito tempo tempo… Só vou dia 11 para Portugal. E vou chegar lá e vou ser recebido em festa”, disse Fernando Santos após os dois primeiros jogos.
Graças a um novo sistema de qualificação, a Seleção portuguesa foi uma das melhores terceiras qualificadas e seguiu para os oitavos de final.
Frente à Croácia, a dificuldade aumentava de parada, mas, mais uma vez, o empate imperou no fim dos 90 minutos de jogo. Já no fim do prolongamento, Ricardo Quaresma decidiu a partida com um golo aos 117 minutos.
“Não achei aborrecido. Aborrecido foi para os croatas, que foram para casa”, disse Fernando Santos. “Quando for preciso vai ser assim, não brinco. Eu quero é ganhar. Claro que quero que a minha equipa jogue bem, mas à maluca não. À bola já não jogamos mais”.
As mesmas dificuldades voltaram a sentir-se frente à Polónia, nos quartos de final, em que Portugal voltou a empatar e teve de recorrer às grandes penalidades para decidir a eliminatória.
A única vitória portuguesa no fim dos 90 minutos aconteceu nas meias finais, frente ao País de Gales. Cristiano Ronaldo e Nani marcaram dois golos praticamente seguidos na segunda parte e selaram, assim, a presença na final de um Campeonato Europeu, 12 anos depois.
Dia 10 de julho de 2016, uma data que ninguém esquece, Portugal defrontava os anfitriões no Stade de France. A França entrava na partida como favorita à conquista e, a meio da primeira parte, as esperanças portuguesas mirraram com a lesão prematura de Cristiano Ronaldo. Uma entrada dura de Payet obrigou o capitão da Seleção das Quinas a sair do campo em lágrimas.
Rui Patrício ia brilhando entre os postes e Portugal foi-se aguentando durante o tempo regulamentar. No prolongamento, decorria o minuto 109, quando Éder fez estremecer uma nação inteira. O “patinho feio”, cuja convocatória foi várias vezes questionada, decidiu a partida com um remate letal fora da grande área. Lloris bem se esticou, mas nada travou o esférico.
“O patinho feio tornou-se bonito”, disse Fernando Santos depois do jogo. “Fomos simples como pombas, prudentes como serpentes”, acrescentou o ‘engenheiro’.
Agora, quatro anos depois, o selecionador português recorda a conquista e faz perspetivas para o futuro.
“Quando o árbitro apitou para acabar o jogo. A necessidade de abraçar a minha família, o que, de alguma forma, era abraçar Portugal”, disse Fernando Santos, citado pelo jornal desportivo A BOLA.
“Quando entrares no próximo Europeu vais defender um título que é teu, algo que nunca aconteceu. Aumentou os níveis de confiança, pois sentes que é possível fazer”, acrescentou, dizendo ainda que é possível repetir o feito de 2016: “É preciso trabalhar muito, ser organizado, ter muita qualidade e ser um grupo coeso”.
Grande Éder!