Há 46,8 milhões de milionários em todo o mundo, mais 1,1 milhões do que em meados de 2018, apurou o Instituto de Pesquisa do Credit Suisse no estudo anual que realiza desde há dez anos, e desta vez referente a 2019, sobre a evolução da riqueza no mundo.
Segundo noticiou o Expresso, entre os novos milionários contam-se quatro milhões de chineses, três milhões de japoneses e dois milhões de alemães, com os Estados Unidos (EUA) a ter um total de quase 19 milhões.
Relativamente à legislação dos impostos, há quem defenda que os ricos devem pagar mais pelas suas fortunas, o que os leva a enfrentar a resistência dos que põem em dúvida que a desigualdade de distribuição da riqueza tenha de facto aumentado.
Mas, de facto, a desigualdade está em crescimento. Com um aumento de 2,6%, o seu valor fixou-se ao longo do ano em 360 biliões de dólares, com um valor recorde de riqueza por adulto da ordem dos 70,850 dólares, 1,2% acima do valor de 2018.
Quanto à evolução da desigualdade, o relatório mostra que a metade de baixo dos detentores de riqueza possuem menos de 1% da riqueza global em meados de 2019 “enquanto os 10% mais ricos possuem 82% da riqueza global. O 1% do topo detém nada mais, nada menos que 45% do total”.
O estudo aponta ainda que os EUA, a China e a Europa foram os maiores contribuintes para a riqueza mundial com os respetivos valores de 3,8 biliões, 1,9 biliões e 1,1 biliões.
A análise deste ano avalia o século XXI até agora e conclui que, tendo começado com uma “era dourada” de “crescimento robusto e inclusivo”, o crescimento da riqueza “caiu durante a crise financeira para nunca mais voltar aos valores antes registados”.