António Guterres já terminou o mandato como alto comissário do ACNUR mas garante que a vida política nacional não está, de todo, nos planos.
O ditado de “ano novo, vida nova” não é exceção na vida de António Guterres, principalmente agora que o antigo primeiro-ministro deixou o seu cargo como alto comissário das Nações Unidas para os Refugiados.
Com o fim de um cargo que ocupou durante dez anos, Guterres volta agora à dita “vida normal”, tendo já excluído a hipótese de regressar à vida política ativa nacional, tal como avança a agência Lusa, citada pelo DN.
“Não vou voltar à vida política ativa nacional”, afirmou António Guterres, depois de questionado pelos jornalistas sobre o que o futuro lhe reserva.
“Vou, naturalmente, calmamente, refletir sobre a melhor maneira de aproveitar as experiências que tenho e as capacidades que tenho para fazer alguma coisa de útil“, acrescentou.
Mais uma vez abordada a hipótese de uma eventual candidatura a secretário-geral da ONU, Guterres voltou a afastar-se e não quis responder a perguntas que fossem nesse sentido.
O ex-primeiro-ministro socialista foi eleito para liderar o ACNUR em 2005, sendo reeleito em 2010. No início deste ano, a Assembleia-Geral decidiu prolongar, excecionalmente, o seu mandato até 31 de dezembro.
Ainda no final deste ano, foram vários os países que pediram ao atual secretário-geral das Nações Unidas para alargar o mandato de Guterres por mais um ano devido ao agravamento da crise dos refugiados.
A proposta foi rejeitada por Ban Ki-Moon, não se sabendo na altura os motivos que o levaram a essa decisão. Fontes ligadas ao ACNUR disseram que o secretário-geral quis resistir à pressão e garantir um processo eletivo normal.
ZAP