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Grupo sanguíneo pode influenciar gravidade da covid-19

O grupo sanguíneo e outros fatores genéticos podem ditar a gravidade de infeção do novo coronavírus, sugere uma nova investigação europeia.

De acordo com a nova investigação, cujos resultados foram publicados esta quarta-feira no The New England Journal of Medicine, as pessoas do grupo sanguíneo A correm um risco maior de serem infetadas e de desenvolverem sintomas mais graves.

A mesma investigação europeia, que tem como objetivo tentar perceber porque é que a covid-19 afeta determinadas pessoas de forma mais grave, sugere que o risco é 45% superior para pessoas do grupo A comparativamente com as restantes.

Em sentido oposto, frisa a SIC Notícias, o risco é menor para as pessoas do grupo sanguíneo O. O risco ronda os 50%, precisa o portal Live Science.

Para chegar a esta conclusão, os cientista analisaram durante o pico da pandemia na Europa os mapas genéticos de mais de 4.000 pessoas infetadas e em estado grave, tentando perceber as variações genéticas que podem explicar as respostas imunológicas.

“A esperança é de que estas descobertas apontem o caminho para um melhor entendimento da biologia da covid-19. [Os resultados] também sugerem que um teste genético e o grupo sanguíneo podem fornecer ferramentas úteis para identificar quem está em maior risco de doenças graves”, explicou Francis Collins, diretor do National Institutes of Health dos Estados Unidos.

O Live Science recorda ainda que dois estudos anteriores davam já conta de uma ligação entre o grupo sanguíneo e a gravidade de infeções por covid-19.

Ambas as equipas concluíram que o grupo A corre mais risco de contrair a covid-19 face aos restantes grupos e que o grupo O tem menos probabilidade de ficar infetado.

Contudo, importa frisar, estes dois estudos, publicados a 27 de março e a 11 de abril, foram divulgados em pré-publicação no portal medRxiv sem revisão de pares.

A pandemia do novo coronavírus já causou a morte a pelo menos 468.518 pessoas e infetou quase nove milhões em todo o mundo desde dezembro, segundo um balanço da agência AFP baseado em dados oficiais.

 

ZAP //

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